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Papa fala sobre ‘vergonha’ da Igreja e da humanidade

Francisco liderou cerimônia de Sexta-feira Santa no Coliseu de Roma, falou de imigrantes, vítimas de guerra e fez menção aos escândalos de abuso de menores

Por Da redação
Atualizado em 14 abr 2017, 22h20 - Publicado em 14 abr 2017, 21h36

O papa Francisco, que liderou uma cerimônia na Sexta-feira Santa, pediu perdão a Deus por escândalos na Igreja Católica e pela “vergonha” da humanidade que está se tornando cada vez mais acostumada a cenas de cidades bombardeadas e afogamento de imigrantes.

O pontífice presidiu a tradicional Via Crucis no Coliseu de Roma, que foi acompanhada por cerca de 20.000 pessoas, em meio a um forte esquema de segurança após os recentes ataques em cidades europeias.

O papa sentou-se enquanto uma grande cruz de madeira foi levada em procissão, parando 14 vezes para marcar eventos das últimas horas da vida de Jesus, desde a sua condenação até o seu sepultamento.

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No final do serviço de duas horas, Francisco leu uma oração que ele próprio escreveu sobre a vergonha e a esperança. Francisco manifestou confiança de que Jesus “não nos trata pelos nossos méritos, mas unicamente segundo a abundância da sua misericórdia”.

“A esperança de que a sua cruz transforma nossos corações endurecidos em corações de carne, capaz de sonhar, de perdoar e de amar. Transforma essa noite tenebrosa de sua cruz em alvorecer da sua ressurreição. A esperança de que a sua fidelidade não se baseia na nossa”, declarou o papa.

Abusos

No que parecia ser uma referência ao escândalo de abuso sexual da Igreja, ele falou de “vergonha por todas as vezes em que bispos, sacerdotes, irmãos e freiras escandalizaram e feriram seu corpo, a Igreja”.

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A Igreja Católica tem lutado por quase duas décadas para deixar para trás o escândalo do abuso sexual de crianças pelo clero. Os críticos dizem que mais deve ser feito para punir os bispos que encobriram os abusos ou foram negligentes na prevenção.

Francisco falou também da vergonha que disse deveria ser sentida pelo “derramamento diário do sangue inocente de mulheres, crianças, imigrantes” e pelo destino daqueles que são perseguidos por causa de sua raça, status social ou crenças religiosas.

O pontífice mencionou a “vergonha por todas as cenas de devastação, destruição e afogamento que se tornaram comuns em nossas vidas”. Nesta sexta-feira, mais de 2.000 imigrantes que tentavam chegar à Europa foram resgatados no mar Mediterrâneo.

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(Com Reuters e EFE)

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