Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Papa critica narcotráfico e diz que marxismo está ultrapassado

Por Filippo Monteforte
23 mar 2012, 14h17

O Papa Bento XVI pediu que se “desmascare o mal e a mentira” do tráfico de drogas no México e afirmou que a ideologia marxista está ultrapassada e que é preciso encontrar um novo modelo, em declarações a bordo do avião que o levava para o México e Cuba, em sua primeira visita a países de língua espanhola.

“O problema do tráfico de drogas e a violência é uma grande responsabilidade para a Igreja neste país 80% católico”, ressaltou o Papa em resposta as perguntas de jornalistas durante a primeira etapa de sua viagem no México.

O pontífice também pediu que sejam “desmascaradas as falsas promessas e mentiras” dos traficantes de drogas, alguns dos quais afirmam ser católicos.

Temos que “fazer todo o possível contra esse mal destruidor da nossa juventude”, insistiu, dada a gravidade da guerra entre cartéis de drogas, que custaram a vida de cerca de 50 mil pessoas nos últimos cinco anos neste país que faz fronteira com os Estados Unidos, um dos principais mercados de drogas.

“Eu compartilho as alegrias e esperanças dos mexicanos, sua angústia e sofrimento”, acrescentou.

Bento XVI também denunciou a “idolatria do dinheiro que transforma os homens em escravos”.

Continua após a publicidade

“Nossa maior responsabilidade é a de educar as consciências, educar para a responsabilidade moral”, declarou.

“O homem precisa do infinito. Se Deus não é infinito, o homem criará seu próprio paraíso, mera aparência do infinito. Devemos fazer todo o possível para desmascarar o mal”, prosseguiu.

Em relação à Cuba, um país comunista, onde 10% da população é católica, o Papa afirmou que a ideologia marxista “já não corresponde à realidade” e “deve encontrar novos modelos.”

Ele enfatizou a determinação dos católicos “em ajudar um diálogo construtivo para evitar os traumas”, no momento em que a Igreja cubana se tornou interlocutora política das autoridades da ilha.

“É evidente que a Igreja está sempre ao lado da liberdade de consciência, da liberdade de religião”, disse Bento XVI, que assegurou que atualmente em Cuba, “os fiéis católicos contribuem para avançar nesse caminho”.

Continua após a publicidade

O pontífice afirmou que sua visita a Cuba terá uma “continuidade absoluta”, como a de seu antecessor João Paulo II, e citou a advertência feita por este último, em janeiro de 1998, sobre a necessidade de “Cuba se abrir ao mundo e o mundo se abrir para Cuba”.

“Estas palavras são ainda muito atuais”, disse o papa.

A Igreja cubana, que durante quarenta anos teve problemas com a revolução de Fidel Castro, mostrou nos últimos anos uma vontade de participar da modernização política do país e do governo, em troca de mais espaço para suas práticas religiosas e ação social.

Bento XVI não quis responder diretamente a uma pergunta sobre a “Teologia da Libertação” e sua pregação em favor dos pobres, mas considerou que a Igreja “deve se perguntar se faz o suficiente para a justiça social neste grande continente” que é a América Latina.

Contudo “a Igreja não é um poder político e nem um partido, é uma realidade moral que precisa se questionar o que pode e o que não pode fazer”, declarou.

Continua após a publicidade

“Seu primeiro dever é educar as consciências na ética individual e na ética pública”, ressaltou, chamando para “encontrar uma moral racional aceitável para todos, incluindo os não-crentes”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.