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Países tentam ampliar trégua de 12 horas em Gaza

Mediadores liderados por EUA e nações europeias pedem que cessar-fogo seja ampliado em mais um ou dois dias. Número de mortos no conflito passa de mil

Por Da Redação
26 jul 2014, 09h00

(Atualizado às 11h32)

A trégua humanitária acordada entre Israel e Hamas para suspender o conflito na Faixa de Gaza por 12 horas entrou em vigor no início da manhã deste sábado. O cessar-fogo humanitário, previsto para o atendimento de vítimas e o abastecimento da população, começou às 8 horas locais (2 horas em Brasília). A trégua não interrompeu os esforços diplomáticos para ampliar o cessa-fogo.

Com as hostilidades suspensas, diplomatas de diversos países continuam a tentar abrir espaço para o diálogo entre as partes em conflito. Com este objetivo, se reuníram em Paris o secretário de Estado americano, John Kerry, e seus colegas de França, Alemanha, Grã-Bretanha, Catar, Turquia e União Europeia, entre outros mediadores. Os chanceleres pediram a extensão do cessar-fogo de 12 horas, afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

“Todos nós queremos obter, o mais rapidamente possível, um cessar-fogo duradouro e negociado que responda tanto às necessidades de Israel em termos de segurança e às necessidades da Palestina em termos de desenvolvimento sócio-econômico (de Gaza) e acesso ao território de Gaza”, disse Fabius a jornalistas após a reunião.

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“A necessidade atualmente é dar fim às mortes”, afirmou o secretário de Relações Exteriores britânico, Philip Hammond. “E paramos com as mortes através da extensão desse cessar-fogo por 12 horas, 24 horas ou 48 horas – e então novamente, até que tenhamos estabelecido o nível de confiança que permite que os envolvidos sentem-se à mesa e discutam questões significativas”, acrescentou.

Mortos – Antes do início do cessar-fogo temporário, Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza durante a madrugada deste sábado. Pelo menos 12 pessoas, todas identificadas como civis, morreram e cerca de 50 ficaram feridas em um bombardeio a um edifício de três andares na cidade de Khan Yunes, no sul de Gaza, segundo fontes médicas.

Com o início da trégua, pelo menos mais 85 corpos foram encontrados em áreas de difícil acesso por causa dos recentes bombardeios israelenses, de acordo com a agência de notícias France-Presse. O número de mortos em Gaza no conflito, que neste sábado completa 19 dias, passou de mil, segundo o Ministério da Saúde palestino. Do lado israelense, são 40 soldados mortos e ao menos dois civis.

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Plano americano – Horas antes de concordar com a trégua humanitária de 12 horas, o gabinete de segurança de Israel rejeitou por unanimidade nesta sexta-feira uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo secretário de Estado americano, John Kerry, que tinha o objetivo de estabelecer um cessa-fogo de uma semana no conflito. À agência Reuters, uma fonte diplomática israelense disse que o país quer realizar mudanças no plano antes de interromper a ofensiva. Uma das exigências de Israel é que, durante o período maior de trégua, seja assegurado o direito de operar contra os túneis clandestinos em Gaza.

O Hamas, por sua vez, impôs duas condições para aceitar o cessar-fogo. A primeira e mais importante: o fim do bloqueio econômico e do cerco militar que Israel impõe à Faixa de Gaza. Além disso, o movimento islamita, considerado uma organização terrorista, exige a reabertura da passagem de Rafah, que o Egito mantém fechada há um ano.

O governo israelense também quer o desarmamento do citado movimento, uma condição que o líder do Hamas, Khaled Meshaal, disse que não cumprirá enquanto o Estado judeu continuar armado.

(Com agências EFE e France-Presse)

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