Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Países europeus pedem à Holanda que rejeite site contra imigrantes

Por Da Redação
14 fev 2012, 12h53

Haia, 14 fev (EFE),- Os embaixadores de dez países da Europa Central e do Leste enviaram cartas ao Parlamento holandês pedindo que ‘a sociedade e os líderes políticos’ rejeitem oficialmente a campanha contra imigrantes desses Estados feita na internet pelo partido de Geert Wilders.

A carta, divulgada nesta terça-feira, foi assinada por diplomatas da Bulgária, Estônia, Hungria, Lituânia, Letônia, Polônia, Romênia, Eslovênia, Eslováquia e República Tcheca.

‘Expressamos nossa preocupação pelo lançamento desse site (…) no qual as pessoas podem fazer reclamações sobre atitudes de cidadãos do centro e do leste da Europa que vivem e trabalham na Holanda’, manifestava a carta.

O documento termina com apelo destinado à classe política holandesa para que ‘rejeite’ a iniciativa do partido antimuçulmano PVV, cujo líder, Geert Wilders, afirmou que documento é ‘um desperdício de papel’.

A carta diplomática, um recurso pouco frequente entre os embaixadores radicados em Haia, pressiona o primeiro-ministro Mark Rutte, que até o momento se negou a criticar a campanha organizada pelo seu principal aliado no Parlamento.

Continua após a publicidade

A Holanda é governada por uma coalizão em minoria de liberais e democratas-cristãos, que contam com o apoio dos antimuçulmanos no Parlamento para poder aprovar as leis iniciadas pelo Governo.

Na polêmica página, Wilders convida os holandeses a criticarem poloneses, romenos, búlgaros e a Europa Central e do Leste em geral. O político estimula a população a denunciar, por exemplo, casos de delinquência nas ruas e informar sobre as perdas de trabalhos para pessoas dessas nacionalidades.

Enquanto Wilders considera o site ‘um sucesso’, a página é duramente criticada dentro e fora do país.

Na Holanda, principalmente os partidos de esquerda, da oposição, condenaram a iniciativa do PVV, e os democratas-cristãos do Governo disseram que não concordam com as ideias desses parlamentares.

Continua após a publicidade

A Comissão Europeia censurou o site por incentivar ‘a intolerância’, disse na sexta-feira a responsável comunitária de Justiça, Viviane Reding.

A iniciativa do partido de Wilders ‘preocupa’ o Executivo europeu, conforme reconheceu pelo Twitter a comissária de Interior, Cecilia Malmström.

A porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, explicou nesta segunda que o colégio de comissários não deve tratar o assunto em sua reunião semanal, apesar de não descartar que algum membro possa solicitar isso. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.