Países do Golfo reconhecem nova coalizão opositora
Coalizão vai ser chefiada por Moaz al-Khatib, imã que atuava em Damasco
Um dia após diversos grupos de oposição da Síria firmarem, em Doha, um acordo para a formação de uma coalizão nacional contra o regime do ditador Bashar Assad, seis países do Golfo Pérsico reconheceram a organização como “representante legítima” da nação síria.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes, Omã, Catar e Kuwait manifestaram seu apoio por meio do Conselho de Cooperação do Golfo. Em comunicado, o secretário-geral do conselho, Abdul Latif al-Zayani, afirmou que a coalizão “representa a grande diversidade do povo sírio”.
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A Coalizão Nacional para a Revolução Síria e Forças Opositoras, da qual faz parte o Conselho Nacional da Síria (CNS), será presidiada por Moaz al-Khatib, antigo imã que atuava em Damasco, mas que fugiu do país neste ano. Khatib, de 52 anos, foi preso em diversas ocasiões desde o início do levante, em março do ano passado, por criticar o regime de Assad.
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Os protestos contra o regime de Assad tiveram início em março de 2011 e, desde então, têm sido violentamente reprimidos pelas forças de segurança. A guerra civil no país já deixou 38.000 mortos, segundo organizações humanitárias.