
Bagdá, 6 mar (EFE).- Países árabes apoiam plano iraquiano para solucionar a crise na Síria, assunto que será debatido antes da cúpula de chefes de Estado e de Governo no fim do mês em Bagdá, informou nesta terça-feira o jornal estatal do Iraque ‘Al Sabah’.
A proposta do Iraque, que tem conversado com as diferentes partes do conflito sírio e conta com o apoio do Egito, Sudão, Tunísia, o Líbano e Argélia, será estudada pelos ministros das Relações Exteriores árabes na véspera da cúpula, no dia 28 de março.
O plano sugere a formação de um Governo de união nacional, com representação das diferentes tendências e poderes para negociar com a oposição.
Além disso, propõe pedir ao Conselho de Segurança da ONU que emita uma resolução proibindo a ingerência de terceiros países nos assuntos internos sírios.
A iniciativa estabelece um Mapa do Caminho solicitando ao Governo e à oposição síria cessar-fogo imediato e às partes regionais e internacionais interromperem o fornecimento de armas para ambos os lados, antes de entrar em negociações diretas sob a condução da Liga Árabe e da ONU.
O texto convida o Executivo de Damasco a garantir liberdades e a permitir a formação de partidos, com o objetivo de permitir à oposição atuar de maneira pública e segura. Pede ainda a fixação de uma data para eleições gerais livres e transparentes sob a observação da ONU.
Segundo a publicação, Ali al Musawi, conselheiro do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, reconheceu que Bagdá conversa com os adversários na crise síria.
‘Mantemos contatos contínuos com o Governo sírio e a oposição. Maliki está fazendo um grande esforço para obter apoio à iniciativa iraquiana’, aponta.
Ao principal grupo da oposição, o Conselho Nacional Sírio (CNS), o projeto iraquiano pede que aceite a nova Constituição e a formação de um Gabinete incluindo partidos eleitos nas urnas. EFE