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Pai de Snowden diz que filho não é fugitivo e premiê pede investigação

Cameron acusou jornal de comprometer segurança ao publicar dados sobre espionagem

Por Da Redação
16 out 2013, 23h32

O premiê britânico David Cameron acusou o jornal The Guardian de comprometer a segurança nacional, ao publicar dados secretos sobre programas de vigilância e defendeu uma investigação sobre o papel da publicação no caso. O diário britânico foi o primeiro a publicar uma reportagem a partir das informações vazadas pelo técnico de informática. Os documentos repassados por Edward Snowden ao colunista Gleen Greenwald revelaram uma vasta rede de espionagem operada pelo governo americano. E o envolvimento de agências de inteligência de outros países, como a britânica GCHQ. Também nesta quarta, o pai de Snowden defendeu que o filho não é um fugitivo.

Lon Snowden afirmou que o filho Edward deve permanecer na Rússia para “assegurar que a verdadeira história será contada” sobre suas intenções ao vazar informações secretas. Ele falou com jornalistas em Nova York, depois de sua primeira visita ao filho em Moscou. “Há muito mais a ser compartilhado” sobre Edward Snowden e seus defensores. A agência Reuters chegou a publicar que o pai do ex-técnico da CIA disse haver mais informações secretas a serem reveladas, mas a informação foi corrigida posteriormente.

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O ex-técnico da CIA, que também trabalhou para a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), fugiu para Hong Kong e depois para Moscou, conseguindo asilo temporário na Rússia. As autoridades americanas querem julgar Snowden por espionagem, mas seu pai afirma que ele “não é um fugitivo”. “Ele é um asilado legal da Rússia e a imprensa precisa entender isso e acho que nosso governo entende isso à essa altura”, defendeu.

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Um conselho dado ao filho foi o de continuar na Rússia. “Eu disse a ele para ficar, mas isso é o meu conselho. Não é necessariamente o que ele vai fazer. Ele está bem, feliz. E absolutamente comprometido com o que fez”.

O presidente russo Vladimir Putin disse mais de uma vez que só daria abrigo a Snowden se ele parasse de divulgar informações que pudessem prejudicar os Estados Unidos. Reportagens com informações fornecidas por Snowden continuam a ser publicadas, mais de quatro meses depois das primeiras revelações sobre os programas de vigilância.

Investigação – Essas revelações, na opinião de Cameron, tiveram efeito negativo. “O fato é que o que aconteceu prejudicou a segurança nacional de várias formas e o próprio Guardian admitiu isso ao concordar em destruir os arquivos que tinha”.

O premiê defendeu uma investigação parlamentar para saber se o jornal violou alguma lei ao publicar dados secretos. As declarações foram feitas poucos dias depois de Andrew Parker, o novo diretor do MI5, serviço secreto britânico, ter afirmado que as revelações feitas por Snowden são um “presente” para os terroristas.

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“Causa enormes danos tornar público o alcance e os limites das técnicas da GCHQ. Tais informações entregam a vantagem aos terroristas. É o presente do qual eles precisam para se evadir de nós e nos atacarem à vontade”, disse Parker, sem mencionar o nome de Snowden. Ele fez a afirmação em um evento em Londres, no dia 8 deste mês, seu primeiro pronunciamento público desde que assumiu a direção do MI5, em 22 de abril.

O Guardian afirmou que o premiê está errado ao dizer que os arquivos de computador foram destruídos porque o jornal concorda que as reportagens foram prejudiciais. “Nós destruímos os arquivos porque o governo afirmou que usaria toda a força da lei para evitar que um jornal publicasse qualquer coisa sobre a NSA ou a GCHQ. Isso se chama ‘censura prévia’ e é impensável nos Estados Unidos, onde o New York Times e o Washington Post foram muito aplaudidos – assim como o Guardian – por divulgar os dados de Snowden”.

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