Otan vai liberar mísseis na fronteira da Turquia
País planeja reforçar defesa devido a ataques sofridos a partir da Síria
A Otan, aliança militar do Atlântico Norte, deve aprovar nesta terça-feira em uma reunião em Bruxelas, na Bélgica, a instalação de mísseis na fronteira da Turquia para defender o país de ataques da Síria. Essa é a expectativa do secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen, que afirmou nesta segunda-feira esperar que os 28 ministros das Relações Exteriores dos países que integram a Otan “respondam positivamente” ao pedido da Turquia, feito em 21 de novembro.
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A Turquia, que planeja reforçar suas defesas antiaéreas devido a ataques sofridos a partir da Síria, apoia entusiasticamente os rebeldes que lutam para derrubar o ditador sírio, Bashar Assad. As Forças Armadas turcas tem realizado manobras com jatos na região da fronteira e contra-atacou à altura quando projéteis disparados em meio à guerra civil síria caíram em seu território.
A Rússia, que vai participar da reunião da Otan, tem atritos com a aliança a respeito de como lidar com a crise na Síria. Moscou já vetou várias resoluções da ONU que tentavam pressionar Assad a conter a violência, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, deve manifestar preocupação com a possível instalação dos mísseis na fronteira turca.
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A Turquia gostaria também de implementar uma zona de exclusão aérea dentro de seu território para conter os bombardeios de Assad contra os rebeldes. Mas nada garante que a instalação dos mísseis caminhe para um “avanço inexorável” rumo à adoção dessa zona de exclusão aérea.
Armas químicas – Ainda nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que não vai tolerar o uso de armas químicas pela Síria contra a população do país árabe. Nos últimos dias, agências de inteligência americanas levantaram a possibilidade de Bashar Assad apelar para o armamento químico como “último recurso” diante do avanço dos rebeldes em Damasco.
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(Com agência Reuters)