A Otan indicou nesta terça-feira estar disposta a colaborar com as investigações sobre a morte de civis nos bombardeios liderados pela Aliança Atlântica durante a guerra na Líbia.
O papel da Otan na Líbia, que foi primordial na queda do regime de Muamar Kadhafi, foi muito criticado pela Rússia, que, inclusive, pediu uma investigação minuciosa sobre a quantidade de civis mortos durante as operações aéreas.
“Nossa missão na Líbia salvou um número inestimável de vidas (…) Tomamos todas as precauções para minimizar os riscos contra a população civil”, declarou a porta-voz da Otan em Bruxelas, Oana Lungescu.
“A Otan segue com muita atenção qualquer informação sobre as mortes de civis”, acrescentou.
Segundo o jornal New York Times, entre 40 e mais de 70 civis morreram desde que a Otan iniciou seus bombardeios, quando assumiu a operação militar contra as posições das forças de Kadhafi.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizou um total de 26 mil saídas aéreas. Delas, mais de 9.650 tiveram um objetivo “ofensivo”.
“Estamos dispostos a colaborar estreitamente”, disse Lungescu.
A Rússia criticou as operações militares que a Otan realizou na Líbia, comparando-as com uma “cruzada”.