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Os dias de cão de Boris Johnson

Como explicar as dezessete festas realizadas a portas fechadas enquanto o resto da sociedade vivia em rigoroso lockdown?

Por Caio Saad 28 jan 2022, 06h00

As aparências enganam, sempre. Tudo soa calmo e relaxado na corrida ainda sem a luz do dia do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com seu terrier Dilyn, de 4 anos. Contudo, o premiê tem vivido dias de cão. Em paz, mesmo, no número 10 de Downing Street, a residência oficial do mandachuva do reino desde 1735, só o fofo bicho. De resto, Johnson anda na corda bamba. Até quinta-feira 27, ele se equilibrava sem cair, mas as turbulências não paravam de aumentar. O rolo: como explicar as dezessete — dezessete! — festas realizadas a portas fechadas, com direito a bebida, muita bebida, cerveja e vinho, enquanto o resto da sociedade vivia em rigoroso lockdown durante o período mais duro da pandemia de Covid-19? Johnson alegou que imaginava se tratar de um “encontro de trabalho” e que, é verdade, “não seguiu devidamente as regras”. Disposto a contar tudo sob juramento, um influente ex-assessor fez questão de falar, sem nenhum pudor, que o chefe mentiu na cara dura e diz haver testemunhas para corroborar a afirmação. O imbróglio está sendo analisado sob duas frentes, uma criminal, pela Polícia Metropolitana de Londres, e outra administrativa, por uma equipe comandada pela implacável servidora Sue Gray, com a Scotland Yard à disposição. Muita água há de rolar ainda no Tâmisa — e lembre-se que Theresa May, a primeira-ministra ferida de morte em 2019, só foi cair meses depois. Johnson, portanto, pode ter ainda tempo para levar Dilyn pela coleira. Mas talvez seja melhor sair correndo.

Publicado em VEJA de 2 de fevereiro de 2022, edição nº 2774

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