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Os 75 anos do fim da II Guerra na Europa: celebração discreta

Na Rússia, restaram os 10 000 fogos de artifício disparados durante dez minutos por canhões do Exército em Moscou

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 15 Maio 2020, 14h02 - Publicado em 15 Maio 2020, 06h00

Era para ser uma celebração e tanto. Mas, se não poupou milhares e milhares de vidas em todo o planeta, por que supor que a pandemia de Covid-19 se renderia — para usar um termo frequente no universo bélico — às comemorações dos 75 anos do fim da II Guerra na Europa, transcorridos na sexta-feira 8? Assim, foi com discrição que a data mereceu a lembrança oficial dos governos da Alemanha — cuja derrota assinala o chamado Dia da Vitória —, Inglaterra, França e Estados Unidos. Na Rússia, restaram os 10 000 fogos de artifício disparados durante dez minutos por canhões do Exército em Moscou. Não no dia 8, como os ocidentais, e sim na noite do sábado 9, como mandava a tradição soviética, pautada pela hora precisa, em solo russo, da assinatura da capitulação dos nazistas. O czar Vladimir Putin, com a popularidade castigada pelo avanço do novo coronavírus no país, suspendeu a exibição ao mundo de seu aparato militar, porém não abriu mão do foguetório — o reforço possível a seu pleito de maior reconhecimento global ao papel do Exército Vermelho, o primeiro a alcançar Berlim em 1945, e também ao sacrifício de 26,7 milhões de compatriotas no conflito. Ao Kremlin, dez nações do Leste Europeu fizeram chegar o outro lado dessa história — o da anexação e domínio soviético, que as tornaram satélites de Moscou nas três décadas de Cortina de Ferro. A promessa de liberdade e democracia do Dia da Vitória chegou lá com atraso — e, passados 75 anos, a sombra onipresente do Kremlin permanece.

Publicado em VEJA de 20 de maio de 2020, edição nº 2687

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