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Opositores líbios criam ‘conselho nacional’ de transição

Porta-voz disse que não há espaço para negociações com o regime de Kadafi

Por Da Redação
27 fev 2011, 15h42

Líderes dos protestos na Líbia criaram neste domingo um “conselho nacional” de transição em cidades nas quais forças antirregime já detêm o controle, tirado do ditador Muamar Kadafi, informou um porta-voz. Várias cidades do oeste da Líbia estão “nas mãos do povo e preparam a marcha para libertar Trípoli”, segundo um dirigente do comitê revolucionário da cidade de Nalout.

“A criação de um conselho nacional foi anunciada em todas as cidades livres da Líbia”, disse Abdel Hafiz Ghoqa em coletiva de imprensa. O conselho é a “face da Líbia no período de transição”, acrescentou. De acordo com ele, consultas estavam em andamento para discutir a composição e as tarefas no novo órgão.

Ghoqa, porta-voz da chamada Coalizão Revolucionária do 17 de Fevereiro, também afirmou em Benghazi, segunda maior cidade do país e controlada pela oposição, que a missão desse conselho será “dirigir o processo de transição”. Ele não mencionou quem será o presidente desse órgão nem por quantos membros ele será integrado, mas assinalou que o conselho está agora em processo de formação e que incluirá representantes de todas as cidades.

A oposição líbia garantiu o controle da região oriental do país, inclusive de Benghazi, mas também de outras cidades mais próximas à capital, Trípoli, reduto de Kadafi. “Assim que os conselhos locais tiverem conseguido estabelecer a segurança nas diversas cidades livres, o conselho nacional terá um trabalho político e se encarregará de dirigir o processo de transição”, acrescentou o porta-voz.

No sábado, o ex-ministro da Justiça Mustafa Abdel Jalil, que deixou o regime de Kadafi na segunda-feira, afirmou à emissora Al Jazira que um governo de transição seria formado para liderar o país antes das eleições.

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Ajuda – Os Estados Unidos estão dispostos a oferecer “qualquer tipo de ajuda” aos opositores do regime de Kadafi, declarou neste domingo a secretária de Estado, Hillary Clinton. “Estamos dispostos a oferecer qualquer tipo de ajuda a quem precisar”, declarou a chefe da diplomacia americana a jornalistas a bordo do avião que a levará a Genebra para participar na segunda-feira de uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU para tratar da Líbia.

Dois influentes senadores americanos – o republicano John McCain e o independente Joe Lieberman – declararam-se neste domingo favoráveis a reconhecer um governo de transição na Líbia e a ajudar os opositores. “Devemos reconhecer o governo de transição como o governo legítimo da Líbia e, certamente, devemos dar a esse governo ajuda humanitária e armas”, declarou Lieberman em entrevista à rede CNN em companhia de McCain, quando estavam no Cairo, Egito. Seria bom “reconhecer o governo de transição que estão tentando colocar em andamento no leste da Líbia e fornecer assistência material”, completou o senador McCain.

Ele pronunciou-se também a favor da criação de “uma zona de restrição aérea” que impeça os pilotos líbios de lançar ataques contra a população. “Poderíamos fornecer meios aéreos para assegurar que isso se aplique”, indicou McCain. Completou que era necessário que “todos os mercenários” na Líbia saibam que qualquer ato que cometerem contra os opositores os conduzirá a um tribunal por “crimes de guerra”. “A segurança dos cidadãos americanos (na Líbia) é nossa maior prioridade, mas não a única”, destacou McCain.

(Com agência France-Presse)

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