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Opositor russo Alexei Navalny é condenado a dois anos e 8 meses de prisão

Maior crítico a Vladimir Putin, líder da oposição foi acusado de 'violar liberdade condicional' em caso que ele descreve como 'inventado'

Por Da Redação
Atualizado em 2 fev 2021, 16h24 - Publicado em 2 fev 2021, 16h13

Alexei Navalny, líder da oposição na Rússia, foi condenado nesta terça-feira, 2, a dois anos e 8 meses de prisão devido a um processo criminal de 2014. A Promotoria o acusou de “violar sistematicamente” as condições da pena emitida há cinco anos, defendendo que a sentença deveria ser cumprida.

O opositor recebeu uma pena de dois anos e meio por fraude em 2014, cuja liberdade condicional ele teria violado. Navalny sempre afirmou que o caso foi “inventado” contra ele para conter suas ambições políticas. Da pena inicial suspensa, de três anos e meio, foram descontados os 10 meses já cumpridos em prisão domiciliar. 

Novamente, ele denunciou que os atuais procedimentos judiciais eram politicamente motivados, exigindo sua libertação. Durante a audiência, afirmou que seu comparecimento a um tribunal era uma tentativa de “assustar milhões” de russos e voltou a acusar o presidente Vladimir Putin de ordenar seu envenenamento no ano passado.

“[Putin] Ficará na história como o envenenador das cuecas”, disse, referindo-se à suposta forma que o agente nervoso que causou seu envenenamento foi administrado.

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Ele foi preso em 17 de janeiro quando voltava da Alemanha, onde ficou hospitalizado por conta de uma tentativa de envenenamento com um agente nervoso que sofrera na Rússia. A acusação de violação ao controle judicial se dá justamente por ter viajado ao exterior para tratamento após o provável envenenamento.

Para os serviços penitenciários (FSIN), durante esse período o réu não compareceu diante do órgão, conforme previsto em seu controle judicial, violando a liberdade condicional.

A decisão do tribunal veio dias depois de mais de 5.000 pessoas terem sido detidas em toda a Rússia em comícios em apoio a Navalny. Nesta terça-feira, a polícia prendeu pelo menos 100 pessoas na porta do tribunal, segundo a ONG OVD-Info. A equipe que trabalha com Navalny convocou uma manifestação, o que é proibido pelas autoridades.

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A prisão do opositor provocou novas tensões entre Rússia e o Ocidente. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, planeja viajar para Moscou na sexta-feira, 5, e pediu para ver Navalny. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondeu que a União Europeia não deve cometer a “insensatez” de minar suas relações com Moscou por “um preso em um centro de detenção”.

Vários países europeus colocaram na mesa a possibilidade de impor novas sanções a Moscou, sobretudo, depois da repressão às manifestações de apoio ao opositor, em dois finais de semana seguidos. O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou que a condenação teve motivações políticas.

(Com AFP)

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