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Oposição síria parabeniza sanções da Liga Árabe que enfureceu os pró-Assad

Por Louai Beshara
13 nov 2011, 19h06

A oposição síria felicitou neste domingo a decisão da Liga Árabe de suspender a participação da Síria, numa decisão que despertou a ira dos partidários do presidente Bashar al-Assad, que atacaram várias embaixadas em protesto.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, em visita a Trípoli, disse que a instituição estava estudando “o estabelecimento de um mecanismo para proteger os civis na Síria”, mas não especificou quais seriam esses mecanismos.

Além disso, a Síria pediu a convocação de uma cúpula árabe urgente para “resolver a crise” que afeta o país desde meados de março.

Uma reunião extraordinária de chanceleres da Liga Árabe acontecerá no dia 16 de novembro, em Rabat, disse neste domingo o porta-voz do ministério argelino dos Negócios Estrangeiros, Amar Belani.

“Decidimos realizar uma reunião de chanceleres da Liga Árabe para 16 de Novembro, em Rabat, sobre a Síria, disse Belani disse à AFP.

O governo sírio também enviou um comunicado oficial para os países árabes para que estes enviem seus ministros para observar pessoalmente a situação e monitorar a implementação do plano de saída da crise proposto pela Liga Árabe.

Durante a noite de sábado, centenas de manifestantes atacaram as embaixadas da Arábia Saudita, Qatar e Turquia em Damasco, além de missões diplomáticas francesas estabelecidas em Latakia (noroeste) e Alepo (norte), provocando protestos desses países.

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A Turquia decidiu evacuar as famílias dos seus diplomatas e de funcionários.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, ativistas pró-democracia também tentaram organizar manifestações, mas foram reprimidos pelas forças de segurança, que deixaram seis mortos em Hama (centro) e outros tantos em Deir Ezzor (leste).

Além disso, as forças do regime mataram quatro civis no domingo, três em Homs (centro), e um na região Idleb (noroeste), enquanto dois agentes de segurança foram mortos em Homs, de acordo com a OSDH.

No sábado, a Liga Árabe suspendeu a participação da Síria em suas reuniões e a ameaçou com sanções, alegando que o regime se recusou a aplicar – como prometido – o plano árabe, que prevê pela primeira vez o fim da violência.

Manifestantes a favor de Assad se dirigiram neste domingo no Líbano para a embaixada da Síria, carregando imagens de Assad e do xiita libanês Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.

Já os opositores do regime parabenizaram a decisão da Liga Árabe. O Conselho Nacional Sírio (CNS), que engloba a maior parte do atual oposição, disse que os árabes estavam dando “um passo na direção certa”, numa acusação clara contra o regime sírio, que, segundo ele, “comete assassinatos e destruição”.

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No sábado, 18 dos 22 membros da Liga Árabe pediram a adoção de sanções políticas e econômicas contra a Síria e convidaram a oposição a se reunir na sede da Liga, no Cairo, três dias depois.

O CNS disse que estava “disposto a negociar a posição da Síria na Liga Árabe contato que Bashar al-Assad entregue o poder a um representante do governo democrático do povo sírio, que não deve incluir nenhum elemento do regime cujas mãos estão manchada de sangue”.

A Turquia lamentou “a atitude do governo sírio” e pediu à comunidade internacional para agir com “uma única voz” sobre a situação na Síria.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou neste domingo a atitude “corajosa” da Liga Árabe para acabar com a violência na Síria e disse que as tropas do presidente Bashar al-Assad devem acabar com os ataques a civis.

Segundo a ONU, a repressão matou mais de 3.500 pessoas na Síria desde o início da revolta, em meados de março.

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