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Oposição russa não se dá por vencida, apesar de aumento de detenções

Por Por Luc PERROT
6 mar 2012, 10h17

A oposição russa convocou novas manifestações e reafirmou sua determinação após a eleição de Vladimir Putin, apesar das centenas de detenções que contrastaram com a relativa tolerância dos últimos dois meses.

“Decidimos uma nova ação no dia 10 de março”, declarou o jornalista Serguei Parjomenko, um dos organizadores do movimento de protesto iniciado depois das legislativas de dezembro passado.

Os líderes da contestação têm a intenção de organizar uma marcha em Moscou no sábado, indicou, citado pela Ria Novosti.

O local da concentração ainda será definido com a prefeitura de Moscou.

Em São Petersburgo, segunda maior cidade do país, o movimento de oposição Outra Rússia convocou manifestações a partir desta terça e de quarta-feira. O Partido comunista, o Partido democrata Iabloko e o movimento de oposição Solidarnost convocaram um protesto no dia 10 de março.

Mais de 500 pessoas, entre elas os chefes da contestação, foram detidas na segunda-feira em Moscou e São Petersburgo em comícios denunciando a eleição de Putin.

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Na capital, 250 pessoas, entre as quais os dirigentes Alexei Navalny, Serguei Udaltsov e Ilia Yachin foram detidos depois de um comício com 20 mil pessoas na Praça Puchkin, cuja autorização foi longamente negociada com o município.

A polícia agiu para dispersar cerca de 2 mil pessoas que permaneceram na praça depois do fim oficial da manifestação.

Estas prisões contrastaram com a relativa tolerância que desde dezembro prevaleceu em relação às manifestações, quando os comentaristas estão na expectativa sobre a atitude do regime depois que Putin voltar ao Kremlin.

“Estou indignado pelo recurso à força contra gente que veio expressar uma posição cidadã”, destacou em sua conta no Twitter o magnata Mikhail Projorov, candidato que chegou na terceira posição e que havia ido à manifestação da oposição.

As manifestações iniciadas em reação aos resultados nas legislativas de dezembro, que, segundo a oposição e observadores, deram lugar a grandes fraudes a favor do partido no poder Rússia Unida, foram dispersas sem cerimônia com milhares de detenções.

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Depois, o volume destas manifestações – 80 mil pessoas em Moscou no dia 10 de dezembro, ainda mais em janeiro e fevereiro – levou as autoridades a tolerá-las.

“Terminou o recreio” havia intitulado na segunda-feira o jornal de oposição Novaya Gazeta, um dos principais periódicos da contestação, depois da eleição de Putin com quase 64% dos votos.

No entanto, o poder, que afirmou estar aberto ao diálogo com “todos os que querem um trabalho construtivo”, afirmou que a intervenção policial foi dentro do respeito da legalidade e que foi iniciada depois que os manifestantes ultrapassaram a duração autorizada da marcha.

Os opositores Alexei Navalny e Serguei Udaltsov foram libertados e convocados ao tribunal nos dias 15 e 13 de março, respectivamente, e, como o escritor Eduard Limonov, são passíveis de uma multa de 2.000 rublos (744 dólares).

Ilia Yachin, do movimento Solidarnost, deve comparecer por ter rejeitado a se apresentar, crime pelo qual pode ser condenado a 15 dias de prisão.

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