Cairo, 18 jul (EFE).- A oposição síria denunciou nesta quarta-feira a morte de mais de 60 pessoas em bombardeios e ataques das forças do regime, que sofreu o maior golpe desde o início da revolta com o atentado realizado hoje em Damasco.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 62 civis e rebeldes (20 deles na capital) perderam a vida. Os Comitês de Coordenação Local (CCL) elevaram este número para 102 pessoas.
O atentado realizado hoje em Damasco pelos rebeldes matou três integrantes do alto escalão do governo de Bashar al Assad.
O Observatório apontou que além dos mortos em Damasco, 14 vítimas foram registradas em Deraa, oito em Idleb e cinco nos arredores da capital.
Um líder do grupo rebelde morreu nos enfrentamentos em Deraa, quando as forças governamentais dispararam e bombardearam distintas localidades do país como a zona de Qabun, nos arredores de Damasco, apontou a oposição.
Os Comitês sublinharam que a ofensiva das tropas do regime em bairros da capital, como o de Naher Isheh, no qual as forças governamentais empregaram aviões de combate e carros de combate para bombardear e destruir várias casas.
A opositora Comissão Geral da Revolução Síria acrescentou que as ruas estão praticamente vazias, na maioria das regiões da capital. Muitos comércios teriam fechado suas portas e um grande número de moradores deixou as áreas bombardeadas.
A ofensiva militar acontece depois que rebeldes promoveram o maior golpe contra o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, desde março de 2011, com o assassinato ministro e do vice-ministro da Defesa, Dawoud Rajiha e Assef Shawkat, respectivamente.
Além disso, foi morto também o assistente do presidente, general Hassan Turkmani. Vários outros integrantes do alto escalão do regime sírio ficaram feridos. EFE