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Opaq chega quarta-feira para investigar ataque químico na Síria

Estados Unidos afirmam que Rússia pode ter visitado Duma e manipulado as evidências de ataque químico

Por Da redação
Atualizado em 16 abr 2018, 19h07 - Publicado em 16 abr 2018, 18h24

Os Investigadores da Organização Internacional para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) entrarão em Duma, na Síria, na próxima quarta-feira para investigar o suposto ataque químico, segundo a embaixada da Rússia junto ao organismo. A organização ainda não teve acesso à cidade devido a “problemas de segurança”, afirmou o diretor da Opaq, Ahmet Uzumcu.

Para os Estados Unidos, a Rússia pode ter visitado o local do suposto ataque químico e manipulado as evidências, afirmou nesta segunda-feira o embaixador americano na Opaq. “Os russos podem ter visitado o local do ataque e estamos preocupados que eles o tenham adulterado a fim de frustrar os esforços da missão da Opaq de realizar uma investigação eficaz”, afirmou Ken Ward, em uma reunião da organização em sua sede em Haia.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou que a Rússia tenha impedido o  acesso dos especialistas à Duma, assim como as acusações de que a Rússia “manipulou” as provas do suposto ataque químico.

Além disso, segundo ele, as autoridades russas têm “evidências claras” de que não houve um ataque químico em Duma e acusou os serviços de inteligência britânicos de “manipular” o ocorrido para “preparar o terreno” ao bombardeio conjunto de Estados Unidos, Reino Unido e França do último sábado.

O funcionário russo Igor Kirillov garantiu que ele mesmo visitou Duma como especialista neste tipo de armamento e afirmou que as autoridades russas não têm “nenhuma intenção” de impedir as investigações do incidente e reiterou a cooperação com a equipe da Opaq.

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Por sua parte, o embaixador russo na Opaq, Alexander Shulgin, acrescentou que “não há provas fidedignas” do suposto ataque. De acordo com ele, “algumas crianças tossiam muito, mas isso não teria sido causado por um agente químico”, advertiu.

“Só se pode respirar gás Sarin uma vez na vida. Perguntamos às pessoas no hospital de que cor era o gás químico do qual falavam, e nos disseram que era de todas as cores. Não sabiam de que estavam falando. É tudo uma montagem”, garantiu Shulgin.

Tensões com o Ocidente

O suposto ataque com gases tóxicos de 7 de abril na então cidade rebelde de Duma continua a mobilizar as grandes potências, com Estados Unidos e Rússia à frente. As tensões têm piorado após os ataques ocidentais contra locais militares do regime de Bashar Al-Assad, feitos em represália.

Grande aliado do regime sírio, Moscou prometeu não interferir no trabalho da missão, oficialmente convidada por Damasco. O governo sírio nega qualquer responsabilidade no ataque.

Após as represálias ocidentais, as discussões diplomáticas sobre a questão síria foram retomadas. A reunião de emergência do Conselho Executivo da Opaq aconteceu na sede da organização em Haia, na Holanda. “A prioridade é fornecer os recursos à Secretaria Técnica [da Opaq] para completar o desmantelamento do programa sírio”, indicou o embaixador francês, Philippe Lalliot.

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Já americanos, franceses e britânicos apresentaram na ONU um novo projeto de resolução sobre a Síria que deve ser discutido ainda hoje. O texto inclui a criação de um novo mecanismo de investigação sobre o uso de armas químicas.

Na capital da Síria milhares de pessoas ocuparam nesta segunda-feira a Praça dos Omíadas, fechada ao trânsito, agitando bandeiras sírias e retratos do presidente Assad para denunciar os ataques ocidentais.

Protestos anti-guerra nos Estados Unidos
Apoiadores do Presidente da Síria Bashar al-Assad marcham em protesto a decisão do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump de atacar a Síria, Los Angeles na Califórnia (David McNew/Getty Images/AFP)

(Com AFP e EFE)

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