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ONU quer Arábia Saudita investigada por invasão de celular de Jeff Bezos

Órgão vê tentativa de 'silenciar' cobertura do 'Washington Post' sobre o país; bilionário teve aparelho atacado após receber vídeo do príncipe saudita

Por Da Redação
22 jan 2020, 13h50

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos Estados Unidos nesta quarta-feira, 22, que investiguem a Arábia Saudita devido à suspeita de envolvimento do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, na invasão do celular de Jeff Bezos, fundador da Amazon e dono do jornal The Washington Post.

Reportagem do jornal britânico The Guardian afirmou que a investigação sobre o hackeamento do aparelho do bilionário apontou para o príncipe saudita.

Os consultores do Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas, Agnes Callamard e David Kaye, disseram que a evidência da invasão é uma clara “contravenção aos padrões internacionais de direitos humanos” e “um esforço para influenciar, se não silenciar, a cobertura do The Washington Post sobre a Arábia Saudita”.

Crítico dos autocratas sauditas, o jornalista Jamal Khashoggi era colunista da publicação. Ele foi assassinado por agentes do regime saudita nas dependências do consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia.

“Num momento em que estava supostamente investigando a morte de Khashoggi e processando aqueles que considerava responsáveis (pelo assassinato), a Arábia Saudita estava clandestinamente realizando uma campanha online maciça contra Bezos e a Amazon, atingindo-o principalmente como o dono do The Washington Post”, afirmam os relatores.

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A Arábia Saudita já havia negado as acusações que enfrenta nesta quarta-feira. Por meio da conta oficial da embaixada saudita nos Estados Unidos, o governo disse que as evidências são “absurdas” e pediu por uma investigação independente que mostrasse sua inocência.

O relatório que jogou a culpa para a Arábia Saudita foi divulgado em reportagem do The Guardian, que teve acesso aos resultados da investigação. Segundo as reportagens, Bin Salman e Bezos trocaram seus números de celular durante um jantar em Los Angeles, em abril de 2018. No mesmo dia, o príncipe herdeiro iniciou uma conversa via WhatsApp com o executivo americano. No mês seguinte, Bezos recebeu um vídeo do saudita – o relatório não diz se ele foi aberto – e dentro de poucas horas, o volume de dados sendo transferidos de seu celular aumentou em 300%.

A investigação foi aberta após o tabloide americano National Enquirer publicar uma reportagem com conversas e fotos íntimas de Bezos com a nova companheira, a jornalista Lauren Sánchez, momentos após o divórcio entre o executivo sua ex-esposa MacKenzie Bezos. Bezos acusou a American Media Inc. (AMI), dona do tabloide, de chantagem e extorsão. O vazamento ao tabloide pode ter sido obra da Arábia Saudita, segundo o relatório.

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