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ONU: Nicarágua pode ter futuro igual ao da Venezuela

Alto comissário para os Direitos Humanos critica o alto grau de repressão do regime de Daniel Ortega a seus opositores

Por Da Redação
29 ago 2018, 16h09

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, advertiu nesta quarta-feira (29) que a Nicarágua pode ter um futuro similar ao da Venezuela se não parar a repressão a seus cidadãos e não houver a libertação dos manifestantes detidos.

“Deve haver uma mudança de atitude (do governo) porque, caso contrário, as condições se assemelharão ao que é vivido na Venezuela com o tempo, com uma economia debilitada”, disse Zeid à imprensa.

“É preciso libertar quem nunca devia ter sido preso por exercer seu direito a se reunir pacificamente”, acrescentou, referindo-se aos prisioneiros políticos na Nicarágua.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) contabilizou 317 mortos na Nicarágua, incluindo 23 crianças e 21 policiais, durante os protestos contra o governo de Daniel Ortega que ocorreram entre 18 de abril e 30 de julho.

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A dura repressão do governo a uma manifestação contra a reforma na Previdência Social, em 18 de abril, gerou um movimento bem maior para exigir a renúncia de Ortega.

Em dois dias, Zeid entregará seu posto à ex-presidente do Chile Michelle Bachelet. Conhecido por suas posições claras em defesa dos direitos humanos, ele disse que, na Nicarágua, os líderes dos protestos são acusados de crime de terrorismo.  O mesmo aconteceu com os que lutavam pelos direitos humanos básicos na Venezuela, comparou ele.

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O alto comissário denunciou “o grau intenso de repressão” das forças governamentais e milícias mantidas pelo regime de Manágua, em particular contra os estudantes. “Não me surpreenderia se, no futuro, escutássemos que houve desaparecimentos ou casos de tortura.”

Zeid teve a oportunidade de falar com líderes do movimento estudantil que pedem a saída do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Os relatos feitos causaram impacto.

O alto comissário disse também esperar que o Conselho de Direitos Humanos (CDH) ordene a tempo uma investigação das violações de direitos e liberdades, como solicitou seu escritório.

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