ONU entra na região do massacre e faz visita de uma hora
Equipe fez primeira tentativa na quinta-feira, quando teve o acesso bloqueado
Os observadores da ONU visitaram nesta sexta-feira a região de Al-Koubeir – cenário de um massacre que deixou dezenas de vítimas na quarta-feira – um dia depois de terem a entrada bloqueada por barreiras do Exército do ditador Bashar Assad. Na quinta-feira, o veículo da equipe chegou a ser alvo de um tiro, mas ninguém ficou ferido.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Um grupo de “boinas azuis” chegou à aldeia perto de Hama para examinar a situação e esteve no local por uma hora, segundo fontes da missão, que acrescentaram que os soldados da ONU precisaram esperar até ter certeza de que a estrada era segura.
Na véspera, eles chegaram a ser ameaçados caso tentassem um novo acesso àquela área, mas não se intimidaram. “Recebemos informações de moradores da área segundo as quais a segurança de nossos observadores estaria em perigo se entrássemos na aldeia”, contou o chefe da missão, general Robert Mood.
Massacre – A oposição síria acusa as forças do regime de cometer o massacre, no qual morreram mulheres e crianças, mas as autoridades de Damasco refutaram qualquer envolvimento no incidente e culpam grupos terroristas. Ainda de acordo com as fontes, a Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNMIS) divulgará um relatório com as conclusões da expedição à província central de Hama.
(Com agência EFE)