ONU diz que Israel e Hamas estiveram a ‘minutos’ de confronto ‘devastador’

Para enviado da organização, 'uma nova explosão é praticamente certa' caso não haja aumento da cooperação entre os dois lados

Por Da Redação
Atualizado em 24 jul 2018, 19h22 - Publicado em 24 jul 2018, 17h37

Faixa de Gaza — Ataque aéreo causa explosão na cidade de Gaza - 03/06/2018 (Mahmud Hams/AFP)

Israel e o movimento islâmico Hamas estiveram no último sábado (22) a “minutos” de “outro confronto devastador”, afirmou nesta terça-feira (24) o enviado da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, durante reunião do Conselho de Segurança. Ele pediu para as duas partes “se afastarem do precipício”.

“Aqueles que querem provocar israelenses e palestinos à guerra não devem ter êxito”, disse Mladenov.

Em videoconferência em Jerusalém, Mladenov explicou o trabalho feito nos últimos dias pela ONU e pelo Egito para evitar um novo conflito em grande escala em Gaza. Segundo o enviado das Nações Unidas, a situação piorou nas últimas duas semanas até se aproximar de um “ponto de não retorno”. Ambos os lados vivem a maior escalada da tensão desde a guerra de 2014 entre Israel e a Faixa de Gaza.

Mladenov lembrou que, no último mês, 19 palestinos (entre eles sete crianças) morreram pelas mãos do Exército israelense em Gaza e mais de 1.000 ficaram feridos, ampliando o alto número de vítimas registradas desde que começaram os protestos junto à cerca de separação com Israel, no dia 30 de março.

Do outro lado, um soldado israelense morreu e quatro civis e outro militar ficaram feridos, em meio a repetidos ataques com foguetes e morteiros desde Gaza em direção ao território de Israel.

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O representante da ONU disse que após o forte pico de violência do sábado, a situação voltou momentaneamente à calma.

Apesar disso, Mladenov insistiu que se não houver mudanças na atual dinâmica, “uma nova explosão é praticamente certa”, por isso defendeu a necessidade de impulsionar a cooperação entre Israel e as autoridades palestinas, com apoio internacional. “Outra oportunidade perdida poderia ter consequências desastrosas”, advertiu.

(Com EFE)