ONU diz que derrubada de avião pode ser crime de guerra
Organização cobrou investigação imparcial. Dados da caixa-preta indicam que explosão provocou a queda da aeronave, afirmam autoridades ucranianas
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Da Redação
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28 jul 2014, 07h47
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
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1. Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo
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1/16 Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo (Vadim Ghirda/AP/VEJA/VEJA)
Brinquedos e flores são colocadas sobre a fuselagem carbonizada no local do acidente do Boing 777 da Malaysia Airlines, perto da aldeia de Hrabove, ao leste da Ucrânia. O abatimento da aeronave na última quinta-feira (17) matou as 298 pessoas que estavam a bordo
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2. Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo
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2/16 Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo (Elena Moreno/EFE/VEJA/VEJA)
Em Amsterdã, passageiros do Aeroporto Internacional deixam flores e bilhetes em homenagem às vítimas do acidente com o Boing 777 da Malaysia Airlines, que caiu na última quinta-feira (17), no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo
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3. Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo
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3/16 Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA/VEJA)
Garota segura vela durante uma vigília à luz para as vítimas do acidente da Malaysia Airlines, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A aeronave foi abatida por um míssel, matando os 298 passageiros e tripulantes que estavam a bordo
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4. Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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4/16 Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Sergei Karpukhin/Reuters/Reuters/Reuters)
Menino coloca flores em frente à embaixada holandesa em Moscou em homenagem às vítimas do voo da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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5. Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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5/16 Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia (Athit Perawongmetha/Reuters/Reuters/Reuters)
Em Kuala Lumpur, mulher escreve mensagens durante uma oração especial para as vítimas do avião da Malaysia Airlines, que caiu na Ucrânia
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6. Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia
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6/16 Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia (Segei Supinsky/AFP/VEJA/VEJA)
Centenas de pessoas deixaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada doa Holanda em Kiev, um dia depois de um voo da Malásia Airlines transportando 298 pessoas de Amsterdã para Kuala Lumpur caiu no leste da Ucrânia
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7. Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia
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7/16 Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia (Azhar Rahim/EFE/EFE/EFE)
Grupo se reúnem para uma vigília à luz de velas em homenagem aos passageiros e tripulantes do vôo MH17 da Malaysia Airlines, em Petaling Jaya, Malásia
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8. Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia
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8/16 Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reuters/Reuters)
Em Kiev, pessoas acendem velas na embaixada da Malásia para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em Grabovka, no leste da Ucrânia
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9. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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9/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Sergei Supinsky/AFP/AFP/AFP)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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10. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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10/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/VEJA/VEJA)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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11. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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11/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/Reuters/Reuters)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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12. Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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12/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Valentyn Ogirenko/Reuters/VEJA/VEJA)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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13. Pessoas se reúnem próximo à Embaixada da Holanda em Kiev para homenagear as vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssel
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13/16 Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil (Sergei Supinsky/AFP/AFP/AFP)
Pessoas prestam homenagens em frente à Embaixada da Holanda em Kiev para as vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que foi abatido por um míssil
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14. Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur
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14/16 Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur (Manan Vatsyayana/AFP/VEJA/VEJA)
Mulher chora ao saber que a irmã é uma das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, em Kuala Lumpur
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15. Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia
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15/16 Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia (Rahman Roslan/Getty Images/VEJA/VEJA)
Mulher chora ao sabe que familiar é umas das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia
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16. Familiares de vítimas do vôo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda
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16/16 Familiares de vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda (Cris Toala Olivares/Reuters/VEJA/VEJA)
Familiares de vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines são conduzidos para um local reservado no aeroporto da Holanda
A derrubada do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia pode ser considerada um crime de guerra, comunicou a Organização das Nações Unidas a (ONU) nesta segunda-feira, acrescentando que os combates entre o Exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já deixaram mais de 1.100 mortos desde abril. “Esta violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada um crime de guerra”, declarou a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay. Em um comunicado, Pillay pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a derrubada do avião por um míssil disparado de uma zona controlada pelos separatistas ucranianos no último dia 17. No Boeing 777 malaio havia 298 pessoas e todas morreram.
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Caixas-pretas – Análises da caixa-preta com os dados de voo do avião malaio mostram que a aeronave foi destruída por estilhaços vindos da explosão de um míssil e caiu devido a “grande descompressão explosiva”, disse uma autoridade do setor de segurança da Ucrânia nesta segunda-feira. O porta-voz do Conselho de Segurança da Ucrânia, Andriy Lysenko, declarou em entrevista à imprensa em Kiev que a informação foi dada por peritos que analisam os registros de voo do avião derrubado. A Grã-Bretanha está encarregada de baixar os dados das duas caixas-pretas recuperadas no local do desastre e entregar a informação para investigadores internacionais que farão a análise.
Combates – Pelo menos três civis foram mortos durante a noite de domingo para segunda-feira em combates no leste da Ucrânia enquanto as tropas do governo intensificavam sua campanha contra rebeldes pró-Rússia, tomando o controle de uma estratégica área perto de onde o voo MH17 da Malaysia Airlines caiu, disseram autoridades nesta segunda-feira. Pesados confrontos nas imediações do local do desastre impediram que monitores internacionais chegassem ao local no domingo para investigar a derrubada do avião. Líderes ocidentais dizem ser praticamente certo que os separatistas abateram o avião por engano, usando mísseis terra-ar fornecido pelos russos. A Rússia acusa Kiev de responsabilidade pela derrubada.
O governo ucraniano afirmou nesta segunda-feira que suas tropas recapturaram o controle de Savur Mogila, uma localidade estratégica a 30 quilômetros de onde o Boeing da Malaysia Airlines caiu em 17 de julho. Os peritos vão tentar retomar seus esforços nesta segunda-feira para chegar ao local da queda, ainda em território sob controle rebelde. Bloqueios de estrada entre a cidade de Donetsk e o local são controlados ora pelo Exército ucraniano, ora pelas forças separatistas, que acusam uns aos outros de impedirem o acesso dos peritos à área.
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Números – A Cruz Vermelha indicou oficialmente na semana passada que a situação na Ucrânia se caracteriza como uma guerra civil, o que transforma as áreas em conflito passíveis de serem condenadas por crimes de guerra. A ONU calcula que ao menos 1.129 pessoas morreram nos combates na região desde meados de abril, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira, e denuncia que o uso de armamento pesado em zonas residenciais. O texto também fala de 3.422 feridos.
Estes últimos dados divulgados pela ONU indicam um aumento considerável no número de vítimas no confronto na Ucrânia em relação ao balanço de 18 de julho, no qual a organização citou 256 mortos desde abril. A comissária da ONU para os Direitos Humanos afirmou ainda que as informações da intensificação dos combates nos redutos dos insurgentes, nas regiões de Donetsk e Lugansk, são “extremadamente alarmantes” e destacou que as duas partes “empregam armamento pesado em zonas residenciais, incluindo artilharia, tanques, foguetes e mísseis”.
(Com agências France-Presse e EFE)
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1. O acordo que não saiu - novembro de 2013
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(AFP/VEJA) O governo da Ucrânia, então controlado pelo presidente Viktor Yanukovich,
se recusa a assinar um acordo de associação com a União Europeia, preferindo
se aproximar da Rússia de Vladimir Putin. A maioria da população da Ucrânia reage mal aos planos do presidente.
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2. Os protestos e a queda do governo - novembro de 2013 a fevereiro de 2014
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(Sergey Dolzhenko/EFE/VEJA)
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3. A Rússia abocanha a Península da Crimeia - fevereiro 2014 a março de 2014
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(Mikhail Klimentyev/RIA Novosti/Kremlin/Reuters/VEJA) Enquanto europeus e americanos negociavam uma
ajuda para os ucranianos reerguerem seu país após protestos que derrubaram o presidente Yanukovich, Vladimir Putin
anexou sorrateiramente a República Autônoma da Crimeia aos seus domínios. Até então, o território do tamanho de Alagoas, com mais de 2 milhões de habitantes e sede da frota russa no Mar Negro, já funcionava de maneira semi-independente, com legisladores próprios, mas ainda prestava contas ao governo ucraniano, em Kiev. O Parlamento local havia pedido o ingresso na Rússia e realizado um
referendo - decisões cuja legitimidade foi questionada.
Ao discursar sobre o território anexado,
Putin afirmou: “A Crimeia sempre foi parte da Rússia nos corações e mentes das pessoas". O Ocidente respondeu com sanções contra figuras ligadas ao governo russo e começaram a
articular o isolamento do país no cenário internacional.
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4. A crise se espalha pelo leste da Ucrânia - abril 2014 - presente
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(Kirill Kudryavtsev/AFP/VEJA) Várias rodadas de sanções não impediram que a Rússia avançasse para o leste da Ucrânia. Com aprovação acima de 80% em sua terra, Putin faz pouco-caso do Ocidente e diz que os homens mascarados que dominaram militarmente a Crimeia e depois invadiram prédios públicos em uma dúzia de cidades ucranianas não estão a seu serviço. Lugansk e Donetsk
declararam-se independentes. Em Slaviansk, observadores internacionais
foram sequestrados e os separatistas exigiram o fim das sanções aos russos para soltá-los.
O governo da Ucrânia lançou uma operação para tentar recuperar territórios dominados pelos rebeldes e os combates tomaram uma proporção maior. Os separatistas começaram a
abater aeronaves militares ucranianas. No final de junho, a Ucrânia
assina o acordo de associação com a UE que havia sido rejeitado por Yanukovich.
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5. Avião da Malaysia Airlines é abatido - 17 de julho de 2014
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(Dmitry Lovetsky/AP/VEJA)
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1. O alvo era Putin
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(Dennis M. Sabangan/EFE/VEJA)
A tese estapafúrdia foi divulgada logo depois da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, na quinta-feira. Ela diz que o avião que transportava o presidente Vladimir Putin de volta à Rússia, depois de sua participação na cúpula dos Brics no Brasil, percorreu a mesma rota que o Boeing, pouco depois. Ou seja, os ucranianos pretendiam mirar na aeronave russa, mas se anteciparam e acabaram acertando o voo comercial. Para sustentar a bizarrice, até as cores da fuselagem foram comparadas, mostrando que o logo da companhia aérea da Malásia, nas cores vermelho, azul e branco, poderia ser confundido com uma bandeira russa. “Os contornos dos aviões são similares e as cores, quando vistas à distância, são praticamente idênticas”, divulgou o canal estatal Russia Today -- como se fosse possível ver no céu um avião voando em altitude de cruzeiro, a 10 Km de altura.
A teoria furada não se sustentou diante da informação de que a aeronave de Putin nem sequer cruzou o espaço aéreo da Ucrânia - evitado já há algum tempo. Ainda assim, a teoria chegou a ser citada pela presidente Dilma Rousseff numa fala para jornalistas em que ela pediu “prudência” na hora de apontar os responsáveis.
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2. Um caça ucraniano abateu o avião (com a ajuda dos americanos)
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(EFE/EFE)
Na última terça-feira, o Komsomolskaya Pravda voltou ao delírio ao afirmar que Ucrânia e Estados Unidos tramaram juntos a queda do avião e que a operação foi executada com um caça, e não com um míssil. “Um caça ucraniano e um satélite americano estavam acompanhando o Boeing”, disse uma reportagem do jornal.
As Forças Armadas da Rússia, embora não tenham apontado a participação americana, sugeriram a história do caça em uma entrevista coletiva no início desta semana. O general Andrey Kartopolov disse que um caça ucraniano que carregava mísseis ar-ar capazes de abater alvos a 12 quilômetros de distância estava operando na área e na mesma altitude do Boeing no momento da queda. A teoria entra em choque com as informações divulgadas pela inteligência americana, que apontou evidências de um rastro de calor típico de um míssil terra-ar na região do desastre.
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3. O míssil era ucraniano
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(Mikhail Metzel/AP/AP)
O governo americano afirmou que o míssil que derrubou o avião da Malásia foi disparado a partir de território controlado por separatistas pró-Moscou e também divulgou detalhes apontando que a Rússia treinou e equipou os rebeldes do leste da Ucrânia. A imprensa russa, no entanto, mira para o outro lado e acusa o governo de Kiev de ter abatido a aeronave civil para amealhar apoio no Ocidente. Segundo o canal Rússia-1 (controlado pelo governo), os rebeldes nunca possuíram um sistema antiaéreo sofisticado capaz de derrubar o Boeing - indo contra as evidências de que os separatistas possuem, sim, o sistema Buk, e que, com ele, já derrubaram aviões militares ucranianos. Mesmo assim, essa ainda tem sido a teoria mais adotada pela imprensa pró-Kremlin.
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4. Os ucranianos desviaram o avião propositalmente
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(Reprodução/VEJA)
O tabloide Komsomolskaya Pravda, o mais popular da Rússia, e o canal estatal Russia 24 afirmaram que os controladores de voo ucranianos desviaram propositalmente o voo da Malaysia Airlines para a área de conflito no leste da Ucrânia para provocar um incidente. O desvario chega aos detalhes: o serviço secreto ucraniano teria obrigado os controladores a passar instruções para os pilotos que levaram o avião a sobrevoar um campo minado. O objetivo, de novo, seria provocar uma tragédia internacional com resultados favoráveis ao governo ucraniano.
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5. Os passageiros já estavam mortos antes da queda do avião
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(Brendan Hoffman/Getty Images/Getty Images)
A teoria mais bizarra de todas afirma que a tragédia foi uma encenação. O site pró-separatistas Russkaya Vessna cita testemunhas como fonte da tese de que os corpos encontrados na área do desastre aparentavam estar mortos há vários dias – um sinal de que os passageiros não eram “reais”. “As autoridades ucranianas são capazes de qualquer baixaria”, disse um comandante rebelde, em flagrante ofensa e desrespeito à dor dos familiares das 298 vítimas de várias nacionalidades.