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ONU condena direitos humanos na Coreia do Norte

Por Kim Jae-Hwan
19 dez 2011, 16h11

A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta segunda-feira, um voto condenando o desrespeito aos direitos humanos na Coreia do Norte horas após o anúncio da morte do líder do país, Kim Jong-il, que segundo organizações humanitárias liderou “um inferno na Terra”, com o assassinato de milhares, senão milhões, de pessoas.

Os 193 países da assembleia aprovaram a condenação anual por 123 votos a 16, com 51 abstenções. A China, aliada da Coreia do Norte, estava entre os países contrários à resolução.

A resolução, que é adotada anualmente pela Assembleia Geral, manifesta “uma preocupação muito grave” com a “tortura” e as “condições desumanas de prisão, de execuções públicas e de detenções extrajudiciais e arbitrárias” na Coreia do Norte.

Não houve debate sobre a resolução que já foi adotada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Geral.

Minutos antes, o secretário-geral Ban Ki-moon informou por meio de seu porta-voz que a ONU “continuará ajudando o povo da Coreia do Norte” após a morte de Kim Jong-Il.

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As Nações Unidas tentaram arrecadar fundos para dar ajuda alimentar à Coreia do Norte, que sofre com a fome. A ONU fez um chamado para arrecadar US$ 218 milhões este ano, mas só conseguiu reunir 20% deste valor.

Grupos de defesa dos direitos humanos pediram nesta segunda feira a Pyongyang que mude seu rumo político após a morte de Kim, a quem acusaram de ter liderado “um inferno na Terra” com o assassinato de milhares, senão milhões, de pessoas.

As organizações Human Rights Watch e Anistia Internacional manifestaram cautela com relação aos projetos reformistas do filho de Kim, e seu aparente herdeiro, Kim Jong-Un, destacando que a Coreia do Norte tem um dos piores históricos na área dos direitos humanos.

“Sob o governo de Kim Jong-Il, a Coreia do Norte foi um inferno dos direitos humanos na Terra”, disse Kenneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch, ao afirmar que Kim foi responsável por milhares ou inclusive milhões de mortes em campos de prisioneiros, de trabalhos, execuções públicas ou inanição.

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“Kim Jong-Il será lembrado como o brutal supervisor da sistemática e maciça opressão que inclui a vontade de deixar seu povo morrer de fome”, destacou Roth em um comunicado.

“Quando assumir seu mandato, Kim Jong-Un deveria romper com o passado e colocar os direitos humanos no primeiro lugar e não no último na Coreia do Norte”, afirmou.

Sam Zafiri, diretor da Anistia Internacional para a região Ásia-Pacífico, afirmou que para assegurar que a Coreia do Norte se torne uma nação forte e próspera, “a nova liderança deve adotar na agenda os direitos humanos e deter a repressão que caracterizou a era de Kim Jong-Il”.

Kim Jong-Il morreu no sábado, de infarto do miocárdio, e seu filho Kim Jong-Un foi indicado para sucedê-lo, anunciaram nesta segunda-feira meios de comunicação do fechado regime que possui armas nucleares.

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