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ONU apoia plano de paz russo-turco para Síria

Pela primeira vez desde o início da guerra, em março de 2011, os Estados Unidos, que apoiam a oposição, foram excluídos desta iniciativa de paz

Por da redação
31 dez 2016, 19h53

O Conselho de Segurança da ONU anunciou neste sábado seu apoio a uma iniciativa russo-turca para a paz na Síria, que vive um segundo dia de calma no front, apesar de algumas violações ao cessar-fogo. O texto de compromisso, aprovado após a realização de consultas a portas fechadas na sede da entidade, em Nova York, diz que o Conselho de Segurança “acolhe com satisfação e apoia os esforços da Rússia e da Turquia para por fim à violência na Síria e iniciar um processo político” para solucionar o conflito no país.

A ONU, assim, chancela o acordo feito por russos e turcos em 29 de dezembro. O Conselho destacou a necessidade de aplicar “todas as resoluções pertinentes da ONU” sobre a Síria. A resolução destaca que as negociações previstas para janeiro em Astana “são uma etapa importante na perspectiva da retomada das negociações (entre o governo e a oposição sírios), sob os auspícios da ONU, em 8 de fevereiro de 2017”.

O Conselho reivindica, ainda, um “acesso humanitário rápido, seguro e sem obstáculos” para auxiliar a população civil. Em seus argumentos de votação, os representantes americano, francês e britânico lamentaram que certos detalhes do acordo russo-turco não lhes tenham sido comunicados, entre eles a lista precisa dos grupos armados abrangidos no cessar-fogo.

“O texto do acordo russo-turco apresentado ao Conselho (…) ainda contém zonas de sombra”, advertiu o embaixador-adjunto francês, Alexis Lamek. Diante das reticências de vários membros do Conselho, a Rússia modificou profundamente seu projeto de resolução inicial.

Pela primeira vez desde o início da guerra, em março de 2011, os Estados Unidos, que apoiam a oposição, foram excluídos desta iniciativa de paz. O governo do presidente em fim de mandato, Barack Obama, a qualificou de “evolução positiva”, três semanas antes da posse de Donald Trump.

Também é a primeira vez que a Turquia apadrinha um acordo do tipo, graças à sua aproximação da Rússia de Vladimir Putin, que pretende se colocar como um pacificador, após ter se alinhado militarmente às forças do regime de Bashar Al Assad.

O conflito na Síria, desencadeado em 2011 pela sangrenta repressão às manifestações pacíficas pró-democracia no país, transformou-se em uma guerra complexa que envolve várias potências regionais e internacionais.

Só em 2016, cerca de 60.000 pessoas perderam a vida em combates e bombardeios, e deles, 13.617 eram civis, segundo balanço da ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), sediado em Londres.

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(com agência AFP)

 

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