OMS diz que não há indícios de radiação se espalhando para fora do Japão
Representante da entidade tranquiliza comunidade internacional e diz que pânico é prejudicial à moral pública
“A Organização Mundial da Saúde gostaria de assegurar aos governos e ao público que não há indícios neste momento de qualquer dispersão internacional significativa de sua usina nuclear”, afirmou em comunicado Michael O’Leary, representante da OMS na China.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira que não há indícios de uma dispersão internacional significativa da radiação a partir de uma usina nuclear no Japão, danificada pelo terremoto de sexta-feira. “A Organização Mundial da Saúde gostaria de assegurar aos governos e ao público que não há indícios neste momento de qualquer dispersão internacional significativa de sua usina nuclear”, afirmou em comunicado Michael O’Leary, representante da OMS na China.
“Rumores estão circulando por mensagens de texto e outros meios sobre uma nuvem de radiação ameaçadora se espalhando pela Ásia e para além [do continente] a partir das instalações nucleares danificadas do Japão”, acrescentou. “Incentivamos os governos e o público a tomar medidas para impedir esses rumores, que são prejudiciais à moral pública.”
A onda de pânico internacional começou com a complicação da crise nuclear na usina de Fukushima I, onde os núcleos de três dos seis reatores estão danificados, conforme admitiu a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso significa que a parte central dos reatores, aquela que contém o combustível nuclear (que pode ser urânio ou plutônio), foi atingida e tem mais chances de vazar o material radioativo.
Além disso, o nível de radiação perto da usina aumentou consideravelmente e deve afetar o trabalho dos operários que tentam solucionar o problema de resfriamento dos reatores. O perímetro de segurança ao redor da usina aumenta constantemente, sendo agora de 30 quilômetros. Mesmo assim, alguns países, como a França, recomendam aos seus cidadãos não chegar a uma proximidade maior que 240 quilômetros.
Arte VEJA
(Com agência Reuters)