O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, assegurou nesta segunda-feira que está “aberto ao diálogo” com Porfirio Lobo, até agora apontado como vencedor das eleições realizadas no domingo em Honduras, para “construir a democracia”. Insulza ressaltou, porém, que ainda não pode reconhecer ou validar o pleito.
Contrários à votação, o presidente deposto Manuel Zelaya e seus seguidores pediram a abstenção da população hondurenha. De acordo com as autoridades eleitorais, os esforços foram em vão, já que a participação no pleito de domingo superou os 60%. Diretamente da cidade portuguesa de Estoril, onde participa da 19ª edição da Cúpula Ibero-Americana, Insulza disse que o Conselho Permanente da OEA se reunirá em 4 de dezembro para analisar os resultados das eleições.
Até agora, Porfirio Lobo vem liderando a apuração dos votos, seguido de Elvin Santos, do Partido Liberal. No início da tarde desta segunda-feira, após a apuração de 61% das mesas, Lobo tinha 55,9% dos votos. “Hoje Honduras decidiu seu próprio futuro para terminar de uma vez por todas com a crise que tanto nos afeta e que tanto dano tem feito aos mais necessitados”, declarou Lobo ao comentar os resultados preliminares.
Brasil – Também em Portugal para a Cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil não reconhece as eleições em Honduras. “No momento é preciso esperar, é necessário discutir com a comunidade internacional, mas a posição que Lula reiterou foi exatamente esta, de que nós não reconhecemos as eleições como uma tentativa de lavar um golpe”, declarou Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência para assuntos internacionais.
(Com agência France-Presse)