O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, criticou nesta sexta-feira o Reino Unido por dar um “tom belicista” a sua disputa com a Argentina sobre as Ilhas Malvinas, depois do envio de um navio de guerra à região.
Em um comunicado, Insulza advertiu para a “periculosidade” de se enviar um moderno destróier ao Atlântico sul, ao reiterar que a saída para o conflito é um diálogo entre Buenos Aires e Londres, que disputam a soberania do arquipélago.
Insulza destacou o “contra-senso (por parte de Londres) de dar um tom belicista a um conflito com um país que nos últimos anos manifestou sua vontade de manter a paz e não deu sinal algum de querer mudar esta política”.
“Pelo contrário, a Argentina está nos últimos lugares em termos de gastos de defesa em nossa região e apenas esse dado deixa clara a vocação de paz dos argentinos”, disse o chefe da Organização, que desde 1988 pede que os dois dialoguem para resolver esta disputa.
O secretário-geral deu seu apoio total à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que criticou a “militarização” da região das Malvinas, sob controle britânico desde 1833.
A Argentina apresentará nesta sexta-feira no Conselho de Segurança da ONU uma denúncia por esta “militarização” do Atlântico Sul.