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Observadores da ONU são atacados na Síria em meio ao aumento da violência

Por Da Redação
12 jun 2012, 16h48

Cairo, 12 jun (EFE).- Os observadores da ONU mobilizados na Síria foram atacados nesta terça-feira na região de Hafa, palco de graves bombardeios nos últimos dias, enquanto o regime de Bashar al-Assad intensificou sua ofensiva contra a província de Homs e Deir ez Zor.

Após várias tentativas obstaculizadas pela escalada da violência, os Capacetes Azuis – como são conhecidos os soldados da ONU – buscaram nesta terça-feira entrar em Hafa, na província mediterrânea de Latakia, mas uma multidão, aparentemente de moradores da área, impediu o deslocamento do comboio e começou a atirar pedras contra eles e atacá-los com barras de metal.

Quando os observadores se retiraram do local, três de seus veículos receberam disparos de origem incerta, segundo um comunicado da Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNSMIS). A nota indicou que os Capacetes Azuis já se encontram a salvo em suas bases de operações.

Nesta segunda-feira, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, pediu acesso imediato dos observadores a Hafa, diante dos ‘relatórios que indicam o uso de morteiro, helicópteros e tanques na cidade’, enquanto os Estados Unidos advertiram que Damasco poderia estar preparando um massacre nesse município.

O Ministério das Relações Exteriores da Síria destacou nesta terça-feira que as acusações de Washington distorcem os fatos na Síria e estimulam os terroristas a cometerem mais massacres no país.

Segundo a versão oficial, ‘grupos armados’ atacaram famílias e destruíram propriedades públicas e privadas, o que motivou as autoridades a lançarem uma operação para persegui-los, na qual morreram vários terroristas e pelo menos dois soldados das forças de segurança.

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O ativista opositor Mohammed Sarmini, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), disse à Agência Efe em entrevista pela internet que Hafa voltou nesta terça-feira a ser bombardeada e afirmou que os civis não podem sair de suas casas.

O ataque das tropas governamentais contra esta região tem como alvo as brigadas do grupo rebelde Exército Livre Sírio (ELS) desdobradas nessa cidade, acrescentou Sarmini.

Este incidente ocorre apesar dos esforços internacionais para salvar o plano de paz de Kofi Annan, que não foi respeitado pelas partes, em meio ao aumento da violência que, segundo os grupos opositores, teria deixado 40 mortos só nesta terça-feira.

De acordo com Sarmini, pelo menos nove pessoas morreram devido aos ataques contra o reduto opositor de Homs, número que também foi confirmado pela Comissão Geral da Revolução Síria.

Os bombardeios se centraram no centro antigo da cidade, em cujos arredores foram desdobrados milhares de soldados, enquanto localidades próximas como Al Qusayr sofreram combates entre o Exército leal ao presidente Bashar al-Assad e os rebeldes.

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Outro ponto de conflito é a província de Deir ez Zor, no leste do país, onde os enfrentamentos e a repressão do regime causaram a morte de pelo menos 16 pessoas, segundo várias organizações da oposição síria.

Em Aleppo, os Comitês de Coordenação Local informaram sobre a morte de 12 pessoas, entre elas mulheres e crianças, e ressaltaram que metade das vítimas pertence a uma só família.

Esses ataques prejudicam a efetividade do plano de paz de Annan, cujo porta-voz, Ahmad Fawzi, disse nesta terça-feira que o regime Assad precisa expressar mais compromisso e interromper a violência no país, onde, em sua opinião, nos últimos dois dias, observa-se uma escalada das hostilidades.

Esta advertência coincide com um relatório da ONU que acusa o Exército sírio de ter usado crianças como escudos humanos em veículos que transportavam militares, assim como de ter torturado menores de idade no decorrer do conflito sírio, que começou em março de 2011. EFE

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