Observadores da ONU na Síria visitam local de massacre
Grupo vai verificar em Treimsa o ataque onde morreram mais de 200 pessoas
Uma equipe de observadores da ONU na Síria conseguiu entrar neste sábado em Treimsa, depois de horas de negociação entre as partes em conflito. Na quinta-feira, a localidade foi sitiada e bombardeada pelas tropas do regime do ditador Bashar Assad. No ataque, que ocorreu com o apoio dos “shabiha” (milicianos pró-regime), morreram mais de 200 pessoas.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O exército sírio, no entanto, desmentiu a versão. Sustentou que enfrentou grupos terroristas que destruíram casas e cometeram assassinatos e sequestros.
ONU – O negociador internacional da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, condenou as “atrocidades” e se mostrou indignado com os combates intensos, o número significativo de mortes e o uso de armas pesadas como artilharia, tanques e helicópteros.
Os observadores da ONU chegaram ao país em abril para supervisionar a aplicação do plano de paz do mediador internacional Kofi Annan. Entre os seis tópicos deste plano estão o fim da violência, a retirada de tropas das cidades, a libertação dos detidos em protestos e o início de um diálogo nacional.
Diplomacia – A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse na sexta-feira em um comunicado que tudo parecia indicar que “o regime assassinou deliberadamente civis inocentes”.
O presidente francês, François Hollande, advertiu nesta sexta-feira a Rússia e a China pela atitude destes países em relação à situação na Síria e disse que se estes dois governos continuarem a resistir a aprovar sanções contra Damasco, haverá “caos e guerra”. A Rússia afirmou que vai usar o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU se o projeto de resolução sobre a Síria for apresentado.
O governo brasileiro expressou na sexta-feira preocupação e condenou o “uso de armamento pesado contra civis” por parte do governo sírio, exigindo o fim da repressão e o cumprimento do plano de paz proposto por Kofi Annan.
(Com agência EFE)