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Obama vai anunciar medidas para controlar venda e posse de armas nos EUA

O presidente americano sinalizou que seu plano é "totalmente coerente" com a Segunda Emenda da Constituição do país, que resguarda o direito de portar armas

Por Da Redação
5 jan 2016, 06h28

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai anunciar nesta terça-feira um pacote de medidas executivas para regular a venda de armas de fogo e tentar reduzir a violência causada pelas armas de fogo no país. São decretos que, segundo o próprio líder, têm potencial de salvar vidas diante da falta de ação do Congresso. “Temos que fazer algo neste país para enfrentar as consequências do fracasso do Congresso na hora de legislar para evitar que, como ocorre agora, quando 30.000 americanos morram a cada ano em incidentes com armas de fogo”, explicou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Obama se reuniu na Casa Branca nesta segunda com a procuradora-geral do país, Loretta Lynch, e com o diretor do FBI, James Comey, além de outros funcionários do governo e assessores, para receber uma série de recomendações sobre como endurecer o controle da compra e venda de armas por decreto. Obama explicou que recebeu algumas ideias sobre como, através da autoridade executiva, o governo pode “fazer diferença” para tentar garantir que as armas não caiam nas mãos de criminosos ou pessoas com doenças mentais.

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Além disso, afirmou que as medidas estão dentro de sua “autoridade legal” como presidente e alertou que elas não irão “evitar” todos os tiroteios nem crimes violentos, mas “potencialmente salvarão vidas”. O presidente também disse que o plano é “totalmente coerente” com a Segunda Emenda da Constituição do país, que resguarda o direito de portar armas. Obama não deu detalhes sobre o tipo de medidas que prevê anunciar, mas, segundo a imprensa local, o presidente busca ampliar os controles de antecedentes ao obrigar muitos vendedores particulares a se registrarem da mesma forma dos comerciantes que têm uma licença federal. Atualmente, as vendas de armas entre particulares, muitas delas em feiras informais, não requerem uma revisão de antecedentes criminais e de saúde mental do comprador. Por isso, um grande volume dessas aquisições foge do controle das autoridades.

Críticas – Antes de saber detalhes do plano de Obama, o líder republicano Paul Ryan, que preside a Câmara dos Representantes, acusou o presidente de querer restringir o “direito fundamental” de levar armas dos americanos. Em comunicado, Ryan criticou o “desdém” mostrado por Obama “desde que era candidato” à Casa Branca em 2008. “Obama atua como se o direito de portar armas fosse algo que deve ser tolerado quando, na realidade, como a Suprema Corte reafirmou em 2008, é fundamental”, afirmou Ryan ao alertar que o decreto que o prepara o presidente representa “um nível perigoso de excesso do Executivo e que o país não irá tolerá-lo”. Assim como Ryan, a maior parte dos pré-candidatos republicanos à Casa Branca antecipou suas críticas à proposta de Obama.

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Massacres – Dois fatos ocorridos em 2012 – o massacre de doze pessoas em um cinema de Aurora (Colorado) e o tiroteio na escola Sandy Hook de Newtown (Connecticut), onde foram assassinadas vinte crianças e seis mulheres – fizeram com que o presidente tentasse levar adiante medidas para endurecer as vendas de arma de fogo nos EUA. O presidente propôs então reformas as leis sobre o assunto, mas o Congresso sequer aprovou a que gera mais consenso: uma melhora do sistema de verificação de antecedentes para impedir que as armas cheguem aos criminosos e às pessoas com doenças mentais.

O fato que provocou uma nova tentativa para enfrentar o problema foram os vários tiroteios registrados em 2015, entre eles um com nove vítimas em outubro em uma universidade do Oregon. O assunto ainda voltou à tona em dezembro, quando 14 pessoas morreram em uma ação investigada como “ato de terrorismo” em San Bernardino.

(Da redação)

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