O presidente Barack Obama afirmou nesta segunda-feira que as tropas americanas deixarão o Iraque com “honra” e de “cabeça erguida” este mês, enquanto alertou aos outros países que não devem interferir e que “a História julgará” a decisão de invadir o país, tomada por George W. Bush em 2003.
“Os soldados sairão com honra e de cabeça erguida” e depois disso outros países não devem interferir no Iraque, disse Obama depois de receber na Casa Branca o chefe de Governo iraquiano, Nuri al-Maliki.
“Os iraquianos terão um aliado duradouro nos Estados Unidos”, completou Obama.
“Depois de quase nove anos, nossa guerra no Iraque termina este mês”, disse Obama aos jornalistas, após o encontro com Maliki.
“Nos próximos dias, os últimos soldados americanos cruzarão a fronteira do Iraque com honra e as cabeças erguidas”, afirmou o presidente.
“Estamos aqui para marcar o fim desta guerra, para honrar os sacrifícios de todos aqueles que tornaram possível este dia e para virar a página”, afirmou Obama, acrescentando que é tempo de “começar um novo capítulo na história dos dois países”.
“Uma relação normal entre países soberanos. Uma associação igualitária baseada em interesses mútuos e respeito mútuo”, afirmou.
Obama disse a Maliki, que estava acompanhado de altos dirigentes iraquianos, que os Estados Unidos se manterão junto de seu país nos próximos anos.
“Ao encerrar esta guerra e quando o Iraque enfrentar o futuro, o povo iraquiano deve saber que não estará sozinho. Terá um parceiro forte e duradouro nos Estados Unidos da América”, acrescentou.
A invasão do Iraque, em 2003, foi ordenada pelo presidente republicano George W. Bush, alegando a existência de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas.