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Obama se mostra prudente quanto a ações militares contra Irã e Síria

Por Saul Loeb
6 mar 2012, 19h21

O presidente americano, Barack Obama, mostrou-se nesta terça-feira prudente sobre a possibilidade de ataques militares ao Irã ou Síria e acusou seus adversários republicanos de falar levianamente quando pedem intervenções contra esses dois países.

Em sua primeira coletiva de imprensa de 2012 – concedida justamente na chamada “Super Terça”, quando são realizadas as decisivas primárias republicanas em dez estados americanas -, Obama afirmou que as sanções contra o Irã estão funcionando e descartou a necessidade imediata de um ataque militar.

O Irã está sentindo o efeito das “sanções de uma maneira substancial”, afirmou. “O mundo está unificado, o Irã se acha politicamente isolado”, explicou que a “ideia de que temos de tomar uma decisão sobre o uso da força na próxima semana, ou nas próximas duas semanas, ou um mês ou dois meses não está abalizada pelos fatos”.

Obama, um dia depois de ter se reunido na Casa Branca com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, acrescentou que as discussões com o Irã por causa de seu programa nuclear mostrarão de forma rápida se Teerã quer negociar a sério. E opinou que a solução pacífica interessa a todos, inclusive a Israel, que prefere a intervenção militar.

“Quando vejo a leviandade com que alguns falam de guerra, eu penso nos custos que uma guerra envolve”, afirmou referindo-se a seus adversários republicanos.

Os pré-candidatos republicanos Mitt Romney e Rick Santorum acusaram nesta terça-feira o presidente americano, Barack Obama, de ser muito frouxo em relação ao Irã e prometeram usar a força contra as instalações nucleares iranianas.

“Como presidente, estaria disposto a continuar pela via diplomática, mas também estaria disposto a usar nossa força militar”, declarou Romney.

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“Não devemos permitir que o Irã fabrique e possua a bomba atômica”, acrescentou.

Rick Santorum, seu rival na corrida pela indicação republicana, lançou um ultimato à Teerã.

“Eu vejo um presidente que tem sido relutante. Diz que apoia Israel… mas tudo o que eu vi até agora é que tem virado as costas” para os israelenses, disse Santorum a um grupo pró-Israel poderoso.

“Precisamos fazer mais do que apenas falar”, afirmou ainda.

Por outra parte, Obama descreveu a violência na Síria como devastadora, mas indicou que não há uma solução fácil e que a ação militar unilateral seria um erro.

“O que acontece na Síria é devastador e escandaloso, e o que temos visto é a comunidade internacional mobilizando-se contra o regime de Assad”, declarou.

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O presidente sírio, Bashar al-Assad, “perdeu a legitimidade de seu povo. E as ações que está efetuando contra a sua própria gente são indesculpáveis”, ressaltou o presidente aos jornalistas.

No entanto, “para nós, efetuar uma ação militar unilateral, como alguns sugeriram, ou acreditar que há uma solução fácil, é um erro”, acrescentou.

Na segunda-feira, o líder republicano John McCain pediu que a Força Aérea dos Estados Unidos efetue bombardeios contra as forças sírias para proteger a população e criar abrigos seguros para os opositores do regime.

Mas Obama advertiu que a situação não é a mesma da atravessada pela Líbia, onde os Estados Unidos utilizaram sua força aérea para apoiar a zona de exclusão aérea imposta pela Otan.

Na Líbia, os Estados Unidos “tinham a plena cooperação da região, dos estados árabes, e sabíamos que poderíamos executar (a operação) de forma efetiva em um período relativamente curto de tempo. Esta é uma situação muito mais complicada”, concluiu Obama.

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