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Obama responsabiliza Assad por ataque químico, mas diz que ainda não decidiu como responder

Presidente dos Estados Unidos diz que quer evitar um "compromisso militar direto" na guerra civil que assola Síria

Por Da Redação
29 ago 2013, 10h42

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na noite de quarta-feira que seu governo concluiu que o ditador sírio Bashar Assad foi responsável pelo ataque com armas químicas a um subúrbio de Damasco na semana passada, que deixou pelo menos 300 mortos. Apesar de responsabilizar Assad, Obama afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre como responder ao ataque.

“Ainda não tomei a decisão”, disse Obama ao canal de TV PBS, acrescentando que sua equipe está convencida de que um “compromisso militar direto” dos Estados Unidos na Síria não ajudaria a atual situação.

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Para Obama, uma eventual operação militar contra Assad deve ser de alcance limitado sem ter como objetivo alterar o equilíbrio entre as forças de Assad e os combatentes rebeldes, que travam uma guerra sangrenta há dois anos.

Segundo Obama, qualquer ataque a Assad deve servir mais como alerta. “Cheguei à conclusão de que um compromisso militar direto, a participação na guerra civil da Síria, não ajudaria a situação no terreno. Temos sido cautelosos, mas diplomaticamente muito ativos. Estamos proporcionando muita ajuda humanitária às pessoas deslocadas pela guerra”, afirmou o presidente.

“O que estou dizendo é que ainda não tomei uma decisão, mas a norma internacional contra o uso de armas químicas precisa ser mantida. O que ninguém discute, ou quase ninguém discute, é que foram utilizadas armas químicas em grande escala na Síria contra a população civil”.

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Ao ser consultado sobre os objetivos estratégicos de eventuais ataques, o presidente americano disse que o governo sírio “receberá um sinal bastante forte de que é melhor que não façam isso novamente”.

Exemplo – O exemplo para um eventual ataque seria a ação punitiva realizada pelos EUA contra Saddam Hussein em 1998, quando centenas de misseis de cruzeiro foram disparados contra alvos no Iraque, sem o uso de tropas terrestres e sem forçar a queda do seu governo. Na ocasião, a justificativa para os ataques foi a negativa de Saddam em cumprir resoluções da ONU sobre desarmamento. A operação durou quatro dias. Os EUA já deslocaram navios de guerra armados com misseis de cruzeiro para a costa síria.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal americano Washington Post, os ataques na Síria, exclusivamente aéreos, devem durar cerca de dois dias.

Também é provável que uma eventual intervenção dos EUA e dos seus aliados seja feita sem o aval da ONU, como já ocorreu em outras ocasiões (veja abaixo). Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da organização se reuniu para discutir uma resolução apresentada pela Grã-Bretanha que pede medidas para proteger os civis sírios, mas não chegou a um consenso por causa da intransigência dos russos e dos chineses, que são aliados do regime de Assad e membros permanentes do conselho.

Culpa – Na entrevista de quarta-feira, Obama também destacou que seu governo concluiu que o regime do presidente Bashar Assad está por trás do ataque contra civis em um subúrbio de Damasco na semana passada, que deixou centenas de mortos.

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“Não acredito que a oposição síria possua armas químicas, ou que possa levar adiante tais ataques. Concluo que o governo sírio, de fato, fez isto, e se for comprovado, vai ter consequências internacionais”.

Obama não mencionou a ONU ou o Conselho de Segurança na entrevista, mas comentou que seu governo está consultando os aliados sobre os próximos passos. ,

O Congresso americano pediu nesta quarta-feira ao presidente Barack Obama que revele publicamente seus projetos de ataques militares contra a Síria, de acordo com uma carta enviada pelo presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner.

“É fundamental que envie uma explicação clara e sem ambiguidade sobre a maneira que uma ação militar, que é um meio e não uma política, permitirá alcançar os objetivos americanos e como se articula com sua política global”, escreveu Boehner.

(Com Agência France-Presse)

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