Obama relembra vítimas dos atentados de Beirute em 1983
Explosões coordenadas resultaram na morte de 299 militares americanos e franceses
O presidente Barack Obama lembrou em um comunicado divulgado nesta quarta-feira o aniversário de 30 anos dos atentados em Beirute que mataram 241 militares americanos e 58 paraquedistas franceses. As vítimas estavam no Líbano como parte de uma força de paz. Obama chamou ação de “ato de terrorismo desprezível”.
“Nós nos juntamos às famílias e seus entes queridos em tributo para os que morreram e em apreciação para o sacrifício prestado em serviço da nação. Nós também honramos àqueles que sobreviveram ao ataque e passaram os dias seguintes procurando por seus companheiros em meio aos escombros”, disse Obama.
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À época, os atentados de Beirute representaram um duro golpe para administração do então presidente americano Ronald Reagan e acabaram provocando a saída das tropas de paz que foram mandadas ao Líbano na sequência da invasão do país pelo exército israelense.
Entre os militares americanos mortos, duzentos e vinte eram do Corpo de Fuzileiros Navais. O número de baixas entre os fuzileiros no atentado representou o pior dia de perdas para o Corpo desde as batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Entre os militares americanos em geral, tal tragédia em um dia não havia ocorrido desde a Guerra do Vietnã, que havia acabado oito anos antes.
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O atentado se desenrolou em duas etapas. Primeiro, um caminhão-bomba invadiu uma instalação onde estavam acampados os militares americanos. Especialistas afirmam que o veículo, que era conduzido por um iraniano, carregava quase dez toneladas de explosivos. Além de causar 241 mortes, a detonação deixou 128 feridos.
Alguns minutos mais tarde, outro caminhão-bomba foi detonado ao lado de um edifício onde estavam concentrados paraquedistas franceses. Na explosão, morreram 58 militares. Outros quinze ficaram feridos. Para os franceses, o número de baixas representou as maiores perdas em um dia desde o fim da guerra da Indochina, em 1954.
Logo após os ataques, um grupo chamado “Jihad Islâmica” reivindicou a autoria, mas investigadores americanos atribuíram os atentados ao grupo terrorista libanês Hezbollah, que teria contado com apoio da Síria e do Irã.