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Obama leva Dilma a memorial de Martin Luther King e oferece jantar na Casa Branca

Cerca de vinte pessoas participaram do evento no salão azul. O governo brasileiro tem o objetivo de reconquistar a confiança americana durante a viagem

Por Da Redação
29 jun 2015, 22h27

O segundo dia da visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos terminou com um jantar que o mandatário americano, Barack Obama, ofereceu para aproximadamente vinte pessoas na Casa Branca. Dilma saiu dez minutos atrasada para o evento e foi alvo de protestos ao deixar a Blair House, a residência de hóspedes oficiais do governo americano. “Fora, Dilma. Fora, Lula. Fora, PT”, gritavam quatro manifestantes, posicionados atrás de grades de isolamento, a mais de 100 metros de onde se encontrava a presidente. Pouco antes, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também ouviu as manifestações enquanto aguardava o restante da comitiva brasileira. Demonstrando contrariedade, Levy acenava negativamente com a cabeça.

O jantar foi servido no salão azul da Casa Branca. No cardápio, tomates, mussarela com manjericão e brusqueta de berinjela de entrada. Em seguida, salada de espinafre e carneiro grelhado com cuscuz de couve-flor grelhada. A sobremesa foi bolo de banana e coco com sorvete de café, regado a vinhos tinto e branco. Pelo menos oito ministros acompanharam Dilma no jantar: Mauro Vieira (Relações Exteriores), Jaques Wagner (Defesa), Joaquim Levy (Fazenda), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia).

Antes do jantar, os presidentes fizeram uma visita surpresa ao memorial em homenagem a Martin Luther King, em Washington. Dilma só esteve acompanhada da filha, Paula, durante a ida ao local dedicado ao ícone da defesa dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Luther King é um dos ídolos pessoais de Obama. A Casa Branca disse que o encontro “salienta os muitos valores compartilhados e os fortes vínculos que existem entre os povos americano e brasileiro”.

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Os presidentes conversaram sobre o legado do ativista por seus esforços em prol da “igualdade e da justiça, e contra o racismo e a intolerância”. Eles ficaram cerca de vinte minutos no local e não deram entrevistas durante a visita. Esta não foi a primeira vez que Obama levou um chefe de Estado ao memorial em homenagem a Luther King. No ano passado, o presidente americano foi ao local acompanhado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

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Antes de se encontrar com Obama, Dilma participou de uma série de eventos na cidade de Nova York. Durante a manhã, ela visitou a sede do jornal The Wall Street Journal e se encontrou com o empresário Rupert Murdoch, dono da publicação americana e da rede de televisão Fox News. Dilma também se reuniu com Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford entre 1973 e 1977. Kissinger atuou como condutor da política de distensão entre Estados Unidos e União Soviética e aproximou o país da China na década de 1970 – dois momentos cruciais para o recuo das tensões bélicas na Guerra Fria.

Agenda – Nesta terça-feira, Dilma manterá uma longa reunião de trabalho com Obama no Salão Oval da Casa Branca. Este é considerado o primeiro passo para a recuperação da confiança entre os governos dos dois países. As relações bilaterais ficaram prejudicadas após documentos vazados pelo ex-analista de inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos Estados Unidos, Edward Snowden, provarem que os americanos espionaram as comunicações pessoais de Dilma e a discussão de assuntos internos da Petrobras. A presidente cancelou uma visita de Estado a Washington, agendada para outubro de 2013, por conta das revelações de Snowden.

Além do encontro com Obama, Dilma será homenageada pelo vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na sede do Departamento de Estado. Ela também encerrará um seminário sobre o Brasil na Câmara Americana do Comércio. Na quarta-feira, a presidente parte para a cidade de São Francisco, onde participará de eventos voltados para a tecnologia, informática e inovação.

(Com agência France-Presse e Estadão Conteúdo)

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