Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Obama indica que Cuba vai sair da lista de patrocinadores do terror

A expectativa é de que o anúncio seja feito durante a Cúpula das Américas, no Panamá. O presidente deve se encontrar com o ditador cubano Raúl Castro no evento

Por Da Redação
9 abr 2015, 18h18

O governo dos Estados Unidos está próximo de anunciar a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Em viagem à Jamaica, o presidente americano Barack Obama confirmou nesta quinta-feira que o Departamento de Estado enviou à Casa Branca um documento que pede a revogação desta classificação. Ele aguarda apenas que seus conselheiros mais próximos revisem a medida antes de fazer um anúncio oficial sobre o tema. “Isso (a revisão) não aconteceu ainda, por isso não irei me pronunciar oficialmente hoje”, declarou o democrata, após uma reunião com a primeira-ministra jamaicana, Portia Simpson-Miler.

Ao que tudo indica, a desclassificação de Cuba como patrocinadora do terrorismo deverá acontecer durante a Cúpula das Américas, que ocorre entre sexta-feira e sábado, no Panamá. A Casa Branca informou que Obama provavelmente se encontrará com o ditador cubano Raúl Castro durante o evento. Embora Washington não tenha fornecido detalhes sobre o teor da reunião, a imprensa americana reporta que os mandatários deverão discutir termos da reaproximação diplomática entre os dois países. A presença de Cuba como contribuinte do terror é o principal obstáculo para a normalização das relações, uma vez que a abertura de embaixadas em Washington e Havana fica impedida sem sua revogação.

Leia também:

Maioria dos cubanos prefere Obama a ditadores Fidel e Raúl

Após EUA, UE também quer retomar relações diplomáticas com Cuba

Continua após a publicidade

Assim que Obama aprovar a desclassificação, a recomendação federal será enviada ao Congresso. Os legisladores terão 45 dias para considerar o documento, mas não poderão efetuar nenhuma alteração sem formalizar a criação de outro projeto de lei, informou o jornal The Washington Post. Nesta quinta, Obama afirmou que o processo de retomada das relações com Cuba está correndo “no geral, como o esperado”. Ele declarou que “nunca pensou” que uma normalização completa ocorreria “da noite para o dia”, mas ressaltou sua confiança em “alcançar uma posição para seguir adiante com a abertura das embaixadas”.

A visita de Obama à Jamaica pode ser vista como uma escala do presidente americano antes da viagem ao Panamá. Além de normalizar as relações com Cuba, Obama tem o interesse de estreitar a relação diplomática dos Estados Unidos com governos caribenhos e a ampliar a influência do país na região. Essas nações se aliaram ao chavismo venezuelano em troca de um generoso subsídio oferecido em negócios petroleiros, mas diante da crise econômica pela qual Caracas está passando, Washington pode oferecer alternativas energéticas vantajosas e tirar do governo de Nicolás Maduro alguns de seus mais importantes apoiadores.

Histórico – Para que Cuba deixe de constar na lista do terror, os Estados Unidos devem ter provas de que o país não forneceu nenhum tipo de ajuda a organizações consideradas terroristas pelo Departamento de Estado nos últimos seis meses. Na relação de terroristas mais procurados pelo FBI consta uma mulher que se encontra em Cuba. Joane Chesimard, de aproximadamente 65 anos, foi condenada à prisão perpétua por assassinar um policial há 40 anos e está foragida desde 1979, quando escapou de uma penitenciária em Nova Jersey. Ela estaria residindo em Cuba desde 1985 e, hoje, usa o nome de Assata Shakur.

A questão remonta à época da Revolução Cubana de 1959. Depois da mudança de regime, Havana se tornou um terreno fértil para fugitivos da Justiça americana. Logo após tomar o poder, o ditador Fidel Castro rompeu o acordo de extradição que Cuba mantinha com Washington e passou a acolher todos aqueles que se dirigiam à ilha para escapar dos mais variados crimes.

Continua após a publicidade

Bob Marley – Na viagem à Jamaica, Obama não ocupou sua agenda somente com compromissos políticos. O presidente americano aproveitou sua primeira viagem ao país para visitar um museu em homenagem a Bob Marley, o maior expoente do reggae. O acervo visitado por Obama está preservado na última casa em que Marley viveu na capital Kingston, entre 1975 e 1981, ano de sua morte. Obama ficou cerca de 20 minutos no museu e disse ainda ter “todos os discos” do cantor jamaicano.

O presidente americano Barack Obama visita o museu em homenagem a Bob Marley, na capital jamaicana Kingston
O presidente americano Barack Obama visita o museu em homenagem a Bob Marley, na capital jamaicana Kingston (VEJA)

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.