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Obama fala em ‘sucesso’ no Iraque, mas pede que EUA aprendam lição da guerra

Por Jim Watson
14 dez 2011, 16h43

O presidente Barack Obama saudou esta quarta-feira “o sucesso extraordinário” dos Estados Unidos no Iraque, mas pediu que seja aprendida a lição da guerra, em discurso no qual prestou homenagem aos soldados, às vésperas da retirada dos militares americanos do país do Oriente Médio.

Em discurso aos soldados em Fort Bragg (Carolina do Norte, sudeste), Obama também fez alusão ao “alto preço” desta guerra de quase nove anos, à qual ele se opôs quando ainda não era presidente.

“Deixamos atrás de nós um Iraque soberano, estável e autossuficiente, com um governo representativo eleito por seu povo”, afirmou Obama, cercado dos boinas vermelhas da 82ª divisão aerotransportada, na Carolina do Norte.

“Estamos construindo uma nova associação entre nossos países e pondo fim a uma guerra não com uma batalha final, mas com uma marcha final para casa”, acrescentou.

Acompanhado da primeira-dama, Michelle, o presidente discursou para milhares de militares reunidos em Fort Bragg, enorme complexo de 650 quilômetros quadrados, sede de várias unidades de forças especiais e da 82ª divisão de infantaria aerotransportada, deslocadas várias vezes no Iraque desde a invasão ao país, em 2003.

“É um sucesso extraordinário, que levou nove anos”, afirmou, ao mesmo tempo em que reconheceu “o duro trabalho e o sacrifício” que foram necessários.

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“Estas palavras apenas descrevem o preço desta guerra e a coragem de homens e mulheres” que o pagaram, destacou.

“Conhecemos muito bem o preço alto desta guera. Mais de 1,5 milhão de americanos serviram no Iraque. Mais de 30 mil americanos ficaram com ferimentos visíveis”, acrescentou, em alusão às sequelas psicológicas que sofrem alguns veteranos.

“Cerca de 4.500 norte-americanos” perderam a vida no Iraque, lembrou o presidente, “entre eles 202 heróis caídos no campo de honra procedentes daqui, de Fort Bragg”, acrescentou.

“Hoje, fazemos uma pausa para rezar por todas as famílias que perderam um ente querido, porque todos são parte da nossa grande família americana”, afirmou.

Durante sua vitoriosa campanha eleitoral de 2008, Obama fez alusão, em muitas ocasiões, à sua oposição inicial à guerra no Iraque, em 2002 e 2003, quando era apenas um legislador local.

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O dirigente democrata, de fato, criticou duramente seu antecessor, George W. Bush, por ter lançado esta guerra.

No entanto, precisou administrar as consequências do conflito nos âmbitos doméstico e internacional. De fato, a guerra contribuiu para aumentar o déficit orçamentário no qual sua administração ainda se debate.

O presidente, que na segunda-feira destacou, ao receber o premier iraquiano, Nuri al-Maliki, na Casa Branca, que “a História julgará” a decisão de lançar a guerra, evitou uma vez mais a controvérsia, ao destacar que “os dirigentes e os historiadores continuarão analisando as lições estratégicas do Iraque”.

A “lição mais importante que vocês nos ensinaram não é uma lição de estratégia militar; é uma lição sobre o caráter do nosso país”, já que, “apesar de todas as dificuldades que nosso país enfrenta, vocês nos lembram que nada é impossível para os americanos quando são solidários”, disse o Obama, candidato à reeleição nas presidenciais de novembro de 2012, e confrontado com a hostilidade de seus adversários republicanos.

Restam no Iraque alguns milhares de soldados americanos enquanto se aproxima o dia 31 de dezembro, data em que terão deixado definitivamente o país onde, desde 2003, pelo menos 126 mil civis iraquianos morreram no conflito, segundo Neta Crawford, professora da Universidade de Boston.

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A eles se somam 20 mil soldados e policiais iraquianos e mais de 19 mil insurgentes.

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