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Obama: EUA vão enviar conselheiros militares ao Iraque

Em pronunciamento na Casa Branca, presidente defendeu união entre sunitas, xiitas e curdos e insistiu que tropas não serão enviadas para combater em território iraquiano

Por Da Redação
19 jun 2014, 16h18

O presidente Barack Obama anunciou nesta quinta-feira que os Estados Unidos vão enviar um contingente de até 300 “conselheiros militares” ao Iraque para ajudar nas operações de combate a jihadistas. No discurso, Obama não mencionou uma ordem para ataques aéreos contra os integrantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, grupo inspirado na Al Qaeda que tem realizado uma série de ataques no país.

Os conselheiros devem ajudar as forças iraquianas a desenvolver uma contraofensiva, a partir de informações sobre as posições dos jihadistas que apontem possíveis alvos. “Estaremos preparados para ações militares precisas e direcionadas, se concluirmos que a situação no terreno exige isso”, afirmou.

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Obama insistiu que o país não vai entrar em uma nova guerra no Iraque, tentando deixar os EUA o mais longe possível de um conflito que ele acreditava estar concluído. “Tropas de combate americanas não vão lutar novamente no Iraque. Em última análise, isso é algo que terá de ser resolvido pelos iraquianos”. Por outro lado, o democrata admitiu que os radicais representam uma ameaça à estabilidade do Iraque e aos interesses americanos, uma vez que o território iraquiano pode se tornar campo para terroristas que podem atacar os EUA e seus aliados.

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O pronunciamento do presidente na Casa Branca frustrou o governo iraquiano, que ontem pediu formalmente a Washington o uso da Força Aérea para bombardear os radicais que estão realizando uma série de ataques e passaram a controlar a maior refinaria do país. Antes da fala de Obama, o porta-voz do primeiro-ministro Nouri al Maliki disse que ele não pretende deixar o cargo como condição para que os EUA realizem os ataques aéreos contra os militantes. Políticos americanos têm defendido a renúncia do premiê, por ter falhado na condução do país. (Continue lendo o texto)

O xiita Maliki é acusado de adotar políticas contrárias à minoria sunita, piorando as tensões sectárias no país. Por isso, não estaria habilitado a encabeçar um governo de unidade nacional. Em reportagem publicada nesta quinta-feira, o jornal The New York Times afirmou que políticos iraquianos estão procurando uma forma de substituir Maliki por alguém que tenha mais aceitação entre sunitas e curdos, e também entre a maioria xiita. A administração Obama estaria apoiando esta busca.

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“Não é nosso trabalho escolher os líderes do Iraque”, respondeu Obama, ao ser questionado se Maliki deveria deixar o governo. “Mas eu não acho que seja segredo que, pelo menos neste momento, há profundas divisões entre líderes sunitas, xiitas e curdos. Enquanto essas divisões continuarem piorando, será muito difícil para o governo central dirigir uma ação militar para lidar com essas ameaças”.

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O presidente americano não pediu a cabeça de Maliki, mas deixou sua posição clara. “Seja Maliki o primeiro-ministro ou qualquer outro que aspire a liderar o país, é necessário construir uma agenda na qual sunitas, xiitas e curdos sintam que têm a chance de defender seus interesses no processo político. E o que vimos nos últimos dois anos, é que o sentimento entre os sunitas é que seus interesses não estão sendo atendidos”.

Ele também informou que o secretário de Estado John Kerry viajará à Europa e ao Oriente Médio na próxima semana para ajudar a construir uma coalisão internacional para ajudar o Iraque. E sugeriu que há um papel reservado ao Irã no enfrentamento da crise no vizinho. O Irã “pode ter um papel construtivo” em persuadir o governo iraquiano a superar as divisões sectárias, e, portanto, não deve entrar no conflito fornecendo forças armadas para atuar do lado dos xiitas.

Mapa da área de influência do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)
Mapa da área de influência do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) (VEJA)
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