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Obama: EUA deixam Iraque de cabeça erguida; História julgará invasão

Por Por Tangi Quemener
12 dez 2011, 17h18

O presidente Barack Obama afirmou nesta segunda-feira que as tropas americanas deixarão o Iraque com “honra” e de “cabeça erguida” este mês, enquanto alertou aos outros países que não devem interferir e que “a História julgará” a decisão de invadir o país, tomada por George W. Bush em 2003.

“Depois de quase nove anos, nossa guerra no Iraque termina este mês”, disse Obama depois de receber na Casa Branca o chefe de Governo iraquiano, Nuri al-Maliki.

“Nos próximos dias, os últimos soldados americanos cruzarão a fronteira do Iraque com honra e de cabeça erguida”, afirmou o presidente.

“Estamos aqui para marcar o fim desta guerra, para honrar os sacrifícios de todos aqueles que tornaram possível este dia e para virar a página”, afirmou Obama, acrescentando que é tempo de “começar um novo capítulo na história dos dois países”.

Os Estados Unidos e o Iraque manterão “uma relação normal entre países soberanos. Uma associação igualitária baseada em interesses mútuos e respeito mútuo”, afirmou.

Obama disse a Maliki, que estava acompanhado de altos dirigentes iraquianos, que os Estados Unidos se manterão junto de seu país nos próximos anos.

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“Ao encerrar esta guerra e quando o Iraque enfrentar o futuro, o povo iraquiano deve saber que não estará sozinho. Terá um parceiro forte e duradouro nos Estados Unidos da América”.

Com relação à invasão ao Iraque, em 2003, Obama disse que “a História julgará” esta decisão, em resposta a um jornalista que lembrou sua oposição à guerra na ocasião.

Lançada pelo governo de seu antecessor, o republicano George W. Bush, sem o acordo prévio da ONU, a invasão de março de 2003 depôs o regime de Sadam Hussein, alegando que o ditador possuía um “arsenal de armas de destruição em massa”, que nunca foi encontrado. Hussein foi executado em dezembro de 2006.

Atualmente permanecem no Iraque 6.000 militares e funcionários do Ministério da Defesa americano, distribuídos em quatro bases militares, contra 170 mil soldados divididos em 550 bases entre 2007 e 2008.

Antes de 31 de dezembro próximo, estes homens e mulheres serão substituídos por 900 mil integrantes das forças de segurança iraquianas, considerados suficientes para garantir a ordem interna, mas ainda não para defender as fronteiras, o espaço aéreo e as águas territoriais.

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Os Estados Unidos deixarão no país 157 militares e 763 civis sob a égide de sua embaixada em Bagdá.

Neste contexto, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Tommy Vietor, anunciou que o governo dos EUA pensam vender novos caças.

“Hoje o governo informou ao Congresso de sua intenção de vender ao Iraque uma segunda entrega de 18 F-16s”, disse nesta segunda-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Tommy Vietor.

Durante os dois dias de sua estadia em Washington, Maliki tem previsto uma reunião também com a secretária de Estado americano, Hillary Clinton, e congressistas para abordar temas de segurança, energia, educação e justiça.

Dezenas de simpatizantes do grupo de oposição iraniano Mujahedines do Povo (OMPI) protestaram na manhã de segunda-feira em frente à Casa Branca para reivindicar a proteção do campo de refugiados de Ashraf, comprovaram jornalistas da AFP.

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O governo iraquiano pretende fechar, antes do fim do ano, este campo, que abriga 3.400 iranianos hostis ao regime e é controlado pela OMPI, uma organização considerada terrorista pelos Estados Unidos.

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