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Obama diz que líderes precisam ter cautela nas redes sociais

Em rara entrevista, concedida ao príncipe Harry, o ex-presidente afirmou que as redes sociais podem distorcer o debate público e espalhar desinformação

Por Da redação
Atualizado em 27 dez 2017, 17h38 - Publicado em 27 dez 2017, 17h31

Em uma rara entrevista desde que deixou a Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou atenção para o uso irresponsável das redes sociais. A entrevista foi conduzida pelo príncipe Harry, editor convidado da Rádio 4 da rede britânica BBC. A conversa foi ao ar nesta quarta-feira, porém aconteceu em setembro no Canadá, durante os Jogos Invictus, um evento esportivo criado pelo príncipe para homenagear veteranos de guerra.

Sem citar diretamente o atual presidente, Donald Trump, Obama afirmou que pessoas em posições de poder precisam ter cautela ao utilizar as redes sociais, principalmente ao postar mensagens que podem distorcer o debate público. “Todos nós, em posições de liderança, temos que encontrar maneiras de recriar um espaço comum na internet”. Para ele, o uso irresponsável das mídias sociais afeta a compreensão das pessoas sobre questões complexas e espalha a desinformação.

Donald Trump é um usuário frequente do Twitter, espaço em que costuma expressar suas opiniões e acaba levantando algumas polêmicas. Em novembro, o líder americano retuitou três vídeos postados pela vice-líder do grupo extremista Britain First, nos quais aparecem supostos muçulmanos cometendo atos de violência. O retuíte causou alvoroço e gerou críticas da própria premiê britânica Theresa May. Além disso, mais de uma vez, Trump utilizou a rede social para atacar a Coreia do Norte, chamando seu líder de “homenzinho do foguete”.

“Um dos perigos da internet é que as pessoas podem ver as realidades totalmente diferentes. Podem ser iludidas por informações que reforçam suas posições”, declarou Barack Obama. “A questão que se põe é como explorar essa tecnologia de maneira a permitir a pluralidade de vozes, a diversidade dos pontos de vista, evitando uma balcanização da sociedade (termo em referência à Guerra dos Balcãs, que significa o fracionamento de um país ou grupos em unidades menores)”.

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O ex-presidente reforçou o poder da internet para unir as pessoas e seus interesses, mas defendeu que essas pessoas precisam se conhecer fora das redes. “A verdade é que na internet tudo parece simples, mas quando você conhece as pessoas cara a cara você percebe que as coisas são complicadas. É mais difícil ser desagradável e cruel pessoalmente como as pessoas podem ser anonimamente na internet”.

Harry perguntou ao entrevistado sobre o que passava em sua cabeça no dia da posse do atual presidente. Obama respondeu que  “a primeira coisa que passou pela minha cabeça ali, sentado ao lado de Michelle, foi em como estava grato por ela ter sido minha parceira em todo aquele processo”. Ele acrescentou que estava sereno e satisfeito pelo trabalho que o casal desempenhou durante seu tempo na Casa Branca, mas não deixou de demonstrar preocupação com o futuro.

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À BBC, Harry afirmou que não havia feito muitas entrevistas na vida, mas que foi divertido entrevistar Obama, “apesar do fato de que ele queria me entrevistar”. O programa comandado pelo príncipe também falou sobre Forças Armadas, saúde mental, criminalidade juvenil e mudanças climáticas.

Questionado sobre um possível convite ao presidente americano para o seu casamento com a atriz Meghan Markle em 19 de maio, o príncipe respondeu que não sabia. “Ainda não fizemos a lista de convidados. Então, quem sabe quem será convidado ou não? Não quero estragar a surpresa”, brincou. Segundo o tabloide The Sun, a possível presença de Obama no casamento preocupa o governo britânico, que teme que esse convite seja visto como uma afronta pelo presidente Trump.

(Com AFP)

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