Obama diz que EUA investigarão massacre até as últimas consequências

Washington, 13 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que seu Governo vai investigar ‘até as últimas consequências’ o massacre de 16 civis afegãos no domingo, supostamente assassinados por um soldado americano em Kandahar (Afeganistão).
‘Os Estados Unidos levarão esse assunto como se (os mortos) fossem seus próprios cidadãos ou seus filhos’, declarou o presidente americano, quem insistiu que o massacre dos civis afegãos é um fato ‘vergonhoso e inaceitável’.
‘Estamos com o coração partido pela perda de vidas inocentes. Isto não é o que somos como país e não representa nossas Forças Armadas’, disse em breve comparecimento no jardim da Casa Branca.
O presidente americano garantiu que o Pentágono ‘não poupará esforços para conduzir uma investigação completa’ sobre o incidente e ressaltou que este examinará os fatos ‘até o final’.
Segundo a imprensa americana, o suposto autor dos fatos é um sargento de 38 anos que chegou ao Afeganistão pela primeira vez em dezembro, embora tenha experiência anterior no Iraque.
Como informou à ‘CNN’ um funcionário do Departamento de Defesa, o sargento era um franco-atirador de infantaria treinado para matar a 800 metros de distância.
Durante sua estadia no Iraque em 2010 ele sofreu um acidente de automóvel que o deixou com uma lesão cerebral traumática. No entanto, após receber tratamento foi autorizado a voltar ao serviço militar e enviado ao Afeganistão.
Após o massacre se multiplicaram no Afeganistão os pedidos para que o suposto culpado seja julgado no país.
Os extremistas advertiram na segunda-feira que vingariam o assassinato dos 16 civis.
Obama reiterou que, apesar do incidente, que ocorre semanas após soldados americanos queimarem exemplares do Corão, o que provocou uma onda de protestos, os Estados Unidos não pensam em mudar sua estratégia respeito ao Afeganistão e manterá o calendário de retirada.
‘Temos uma estratégia que nos permitirá acabar com esta guerra. Estamos constantemente trabalhando na transição das funções aos afegãos. Isso vai nos permitir trazer nossas tropas de volta para casa’, acrescentou o presidente. EFE