O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou neste sábado (19), em Brasília, que autorizou uma “ação militar limitada” na Líbia, sem a presença de tropas americanas no território líbio e até que o coronel Muanmar Khadafi acate a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que autoriza “todas as medidas” para suspender a ofensiva de tropas leais a Kadafi contra a oposição.
“Hoje autorizei as Forças Armadas dos Estados Unidos a empreender uma ação militar limitada contra a Líbia”, declarou Obama, destacando que não enviará tropas ao solo líbio. “Como já disse ontem, não vou, repito, não vou enviar tropas terrestres” à Líbia, disse o presidente americano.
“Quero que os americanos saibam que o uso da força não é nossa primeira opção. Não é uma decisão tomada sem reflexão mas não podemos permanecer passivos quando um tirano diz a seu povo que não terá piedade, ou quando suas forças intensificam o assalto contra cidades, como em Benghazi e Misrata, onde inocentes enfrentam a brutalidade e a morte nas mãos de seu próprio governo”.
“Por isto, devemos ser muito claros: os atos (de Muamar Kadafi) têm consequências e a vontade da comunidade internacional deve ser respeitada”, disse o presidente.
Segundo o almirante americano William Gortney, Estados Unidos e Grã-Bretanha já dispararam 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra alvos na Líbia, que atingiram “mais de 20 alvos”, incluindo instalações do sistema integrado de defesa antiaérea e de comunicações estratégicas, todos situados na costa.
A TV líbia afirma que “objetivos civis” foram bombardeados em Trípoli, Misrata, Zuara (oeste) e Benghazi (leste)”, incluindo o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste da capital. Um alto oficial líbio qualificou os ataques de “agressão bárbara” contra objetivos civis e militares que provocou “numerosas vítimas”.
(Com Agência France Presse)