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O que os primeiros resultados da eleição nos EUA podem dizer sobre seu desfecho

A contagem pode levar dias devido à computação de votos por correio, mas estados como Virgínia e Nova York devem dar indicações iniciais do vencedor

Por Da Redação 5 nov 2024, 10h45
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  • Nesta terça-feira, 5, chegou o dia decisivo na batalha dos Estados Unidos pela Casa Branca e pelo controle do Congresso — mesmo que os resultados possam levar dias ou semanas para serem definidos. A democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump aparecem empatados tecnicamente em pesquisas de intenção de votos nacionais e estaduais.

    Os resultados iniciais nas horas após o fechamento das urnas podem não ser determinantes. Os estados decidem seus próprios procedimentos eleitorais, e a ordem em que os estados contam os votos antecipados, enviados pelo correio e no dia da eleição varia no mapa — assim como a rapidez com que certas cidades, condados e regiões registram os dados.

    Estados e condados também costumam contar e computar um tipo de cédula por vez — votos antecipados, votos no dia da eleição e cédulas enviadas pelo correio. Quando um partido tende a ter um desempenho melhor com um determinado método, como os democratas fizeram com a votação pelo correio em 2020, os resultados podem mudar .

    Pode ser que o “dia de eleição” vire “semana de eleição” devido ao ritmo da contagem. Mas os primeiros resultados podem dar um vislumbre do que acontecerá no final, principalmente nas disputas pela Câmara em estados com tendência forte democrata ou republicana.

    Primeiros sinais

    A Virgínia, pintada de azul desde a primeira eleição de Barack Obama, é normalmente um dos primeiros estados a computar votos, e Nova York, apesar de ser um reduto democrata, foi cenário de gastos massivos de ambos os partidos focados em uma série de disputas pela Câmara nos subúrbios.

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    Em 2016, foi a Virgínia que ofereceu o primeiro sinal de que Hillary Clinton estava em apuros. Naquela época, o estado tinha tendência democrata em corridas presidenciais, mas ela mal conseguiu sobreviver à superioridade de Trump durante a maior parte da noite. A candidata acabaria vencendo por cerca de 5 pontos percentuais, longe da vantagem esperada (Biden venceu por mais de 10 pontos em 2020). A reeleição da então deputada republicana Barbara Comstock naquele ano, em uma cadeira que muitos democratas esperavam tomar, também foi prenúncio negativo para Clinton e seu partido.

    Desta vez, o 7º Distrito Congressional da Virgínia pode ser o termômetro da vez. A vitória de Eugene Vindman, o candidato democrata, e uma clara liderança para Harris podem denotar problemas para Trump.

    Enquanto isso, Nova York – que viu uma espécie de “onda vermelha” em 2022, quando a democrata Kathy Hochul venceu a corrida para governador por apenas 7 pontos e uma série de candidatos republicanos conquistaram assentos na Câmara nos distritos fora da cidade – também pode dar alguns sinais importantes. Neste ano, o resultado eleitoral para seis deputados do Partido Republicano (três no centro de Nova York e três no norte) serão importantes termômetros.

    Ambos os partidos também estarão observando os resultados de perto em busca de sinais de uma onda rosa – ou o aumento no comparecimento das mulheres às urnas –, o que pode ser um sinal de alerta precoce para Trump e os republicanos. Durante toda a campanha, Harris teve superioridade entre as eleitoras.

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