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O menino de 82 anos

O papa Francisco recebeu os saltimbancos da Compañia Habana, do Circo Nacional de Cuba, para uma performance ao som de salsa

Por Felipe Carneiro
Atualizado em 4 jan 2019, 07h00 - Publicado em 4 jan 2019, 07h00

Nascido em 1936, quinze anos antes de a primeira emissora de televisão ser criada em sua Buenos Aires natal, Jorge Bergoglio começou 2019 com o sorriso de uma criança grande. Rompendo com a sisudez do mármore branco do Auditório Paulo VI, no Vaticano, o papa Francisco recebeu os saltimbancos da Compañia Habana, do Circo Nacional de Cuba, para uma performance ao som de salsa. Surpreendeu-se quando um dos malabaristas foi em sua direção e pediu-lhe que levantasse o dedo indicador. Para entusiasmo dos 7 000 peregrinos ali reunidos, o artista fez o papa equilibrar uma bola de futebol rodopiante por alguns segundos. Circo e futebol — o que mais poderia trazer um sorriso tão sincero ao rosto do líder da Igreja Católica? “A beleza nos torna a todos melhores, nos traz bondade e também Deus”, afirmou o pontífice ao agradecer a presença do grupo.

No desenrolar da cerimônia, porém, o papa endureceu o tom: “Quantas vezes vemos o escândalo dessas pessoas que passam o dia na igreja, ou que lá vão todos os dias, e depois vivem a odiar ou a falar mal dos outros? Se for agir assim, é melhor nem ir à igreja”. Não se sabe se o pontífice tinha alguém especial em mente quando fez o sermão, mas é sabido que ele não é benquisto por certos setores eclesiásticos. Por um lado, bispos mais conservadores torcem o nariz para os ímpetos reformistas do argentino. Por outro, católicos ansiosos por mais ousadia criticam sua falta de liderança nos casos de pedofilia no clero. Problemas demais, que uma volta à infância o ajudou a esquecer. Mesmo que por uns parcos segundos.

Publicado em VEJA de 9 de janeiro de 2019, edição nº 2616


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