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O criticado plano da Holanda de abrigar refugiados em cruzeiros

Cerca de 3.000 pessoas podem ser transferidas para embarcações a partir de setembro, mas medida é alvo de grupos de direitos humanos

Por Vitória Barreto Atualizado em 22 jul 2022, 16h45 - Publicado em 22 jul 2022, 16h39

A invasão da Rússia à Ucrânia se alastra há mais de 4 meses e, desde então, aproximadamente 60.000 ucranianos cruzaram a fronteira da Holanda. O governo do país afirma que os centros de acolhimento a refugiados estão lotados e a solução é abrigá-los em cruzeiros. Nesta sexta-feira, 22, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) na Holanda, disse que a medida era “indesejável”, e que “traumas existentes devido aos voos perigoso podem ressurgir para alguns.” 

Cerca de 3.000 refugiados poderão ser abrigados nos grande navios a partir de setembro, segundo o governo holandês. Três embarcações já foram comissionadas e uma deve ancorar em Velsen, perto da cidade portuária de IJmuiden, noroeste do país.

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Agora, autoridades analisam como podem permitir o livre movimento de refugiados para dentro e fora dos navios para minimizar acusações de que eles estão sendo mantidos de forma ilegal em cárcere pelo Estado. Segundo o governo, a decisão de usar os cruzeiros é necessário por conta da falta de espaço em centros de acolhimento.

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Devido à falta de espaço nos centros, alguns expatriados foram forçados a dormir na grama do lado de um abrigo, na vila de Ter Apel. Eric van der Burg, ministro júnior da Justiça holandesa, afirma que a  situação é  uma “dura realidade” e levará dias, se não semanas, para ser resolvida.

Para grupos de direitos humanos, no entanto, a situação é desumana. De acordo com o VluchtelingenWerk, o conselho de refugiados na Holanda, a ideia de colocar os refugiados em barcos é “absurda”, mesmo com a falta de abrigos.

+ Incertezas e nós logísticos dificultam a vida dos refugiados ucranianos

“A recepção aos refugiados está muito abaixo do padrão. Um navio como medida temporária já é muito melhor do que um abrigo de emergência. Mas é uma história diferente deixá-los flutuar no mar”, afirmou o grupo em nota.

De acordo com um porta-voz da organização, “você não precisa de pesquisa para entender que não se pode fazer isto com pessoas que fugiram da guerra, da violência. Você cuida dos refugiados como uma sociedade e não à distância no mar”. 

A ideia, apesar de amplamente criticada, não é novidade. Há cerca de dois anos, o governo do Reino Unido cogitou oferecer moradias para refugiados em balsas não usadas na costa do país, mas decidiu abandonar o plano pelos altos custos financeiros.

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