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O Concordia, um palácio flutuante, símbolo do savoir-faire italiano

Por Por Gildas LE ROUX
15 jan 2012, 13h39

O navio de cruzeiro Concordia, que naufragou na noite de sexta-feira passada, era um símbolo do armador italiano Costa, que fez deste palácio flutuante, com o comprimento de três campos de futebol, um templo dedicado à diversão e ao bem estar.

Como o Titanic em sua época, o Concordia reunia todos os superlativos. Navio almirante da frota Costa desde seu lançamento em 2006, esse exemplo de força forjado no estaleiro naval italiano Fincantieri era o maior navio já construído na Itália: 290 metros de comprimento por 38 de largura!

O gigante dos mares contava com dezessete andares, dos quais quatorze abertos aos passageiros, com 1.068 tripulantes, o que fazia dele uma cidade flutuante, podendo acolher até 3.780 viajantes, que se alojavam em 1.500 cabines, entre elas 505 com varanda privativa, às quais se somavam 70 suítes luxuosas.

Para alimentar este pequeno mundo, estavam à disposição cinco restaurantes, entre eles os muito exclusivos “Club Concordia” onde era preciso fazer reserva: a clientela visada era também da elite.

Na hora do aperitivo ou do digestivo, o passageiro podia escolher entre treze bares temáticos: “Cognac et cigare” ou ainda “Café et chocolat”.

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Mas era antes de tudo por seus serviços que o Concordia se distinguia desde o começo: cinco jacuzzis, quatro piscinas entre elas duas com teto de vidro removível, campo de esporte para múltiplas atividades, trilha para jogging ao ar livre…

E a cereja do bolo: o Samsara Spa, apresentado oficialmente como o maior centro de tratamento para ficar em forma a bordo, com 6.000 m2 em dois andares; 55 cabines tinham acesso direto a esse clube exclusivo.

No interior, o único problema era escolher entre tantas atrações: sala de esporte, fisioterapia, salas de massagens, sauna, solário…

Os passageiros que quisessem poderiam ir ao teatro de três andares, ou, os que preferiam jogar, havia um cassino, sem esquecer a discoteca onde eram organizadas ‘soirées’ temáticas.

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O Concordia também dispunha de acesso à internet e de uma biblioteca, enquanto que os amantes de compras poderiam se dedicar a seu passatempo favorito em dezenas de butiques.

Os que queriam mais emoção podiam ainda se refugiar no simulador de automóvel “Grand Prix” ou assistir a um filme na tela gigante instalada no convés perto da piscina.

No plano técnico, o navio de 114.500 toneladas estava equipado com dois motores de uma potência equivalente a 21 MW o que lhe permitia atingir uma velocidade máxima de 23 nós e uma velocidade de cruzeiro de 21,5 nós; o Concordia dispunha de autonomia de 10 a 14 dias.

No entanto, nos meios frequentemente supersticiosos dos marinhos italianos, este palácio flutuante tinha a reputação de ser “maldito”. Seu batismo foi realizado em 2006 numa atmosfera de mau augúrio: a garrafa de champagne lançada em direção a seu casco não quebrou.

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O Concordia, além disso, registrou um primeiro acidente em 2008 em Palermo. Ao entrar no porto, durante uma tempestade, ele foi impedido por ondas enormes. O choque provocou uma grade fenda na proa e em seu flanco direito, o que não teve, no entanto, nenhuma consequência para os passageiros e a tripulação.

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