Números e curiosidades da maior eleição do mundo
814 milhões de eleitores, 930 mil zonas eleitorais, 1.600 partidos e elefantes...
Com números superlativos, a eleição da Índia é considerada a maior do planeta. Entre os dias 07 de abril e 12 de maio, mais de 814 milhões de indianos aptos a votar devem escolher entre os mais de 15.000 candidatos para as assembleias regionais e nacional. A votação está programada para acontecer em nove fases e envolve o trabalho de mais 11 milhões de pessoas entre funcionários eleitorais, observadores, agentes de segurança e transporte e outros profissionais. A segunda nação mais populosa do mundo, com mais de 1,2 bilhão de habitantes tem uma democracia tão jovem quanto o próprio país, que obteve sua independência da Grã-Bretanha em 1947, e luta para atravessar seu processo eleitoral em tranquilidade em meio às ameaças terroristas, dificuldades logísticas e outros problemas.
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Índia realiza eleições e tenta garantir seu futuro
Enquanto em algumas regiões do país as urnas de madeira são levadas no lombo de elefantes, em outras a votação é eletrônica. Há ainda risco de ataques de insurgentes separatistas e de minorias religiosas. Com uma população muito jovem – mais da metade tem menos de 25 anos – a Índia quer usar seu processo eleitoral não apenas para se preparar para o futuro, mas também para emitir uma mensagem para o mundo. “Eleições livres e justas em um país gigantesco e tão diverso quanto à Índia são um desafio”, afirma Niranjan Sahoo, analista político da Observer Research Foundation (ORF), um think tank sediado em Nova Délhi. Para o analista, um processo eleitoral sem sobressaltos indicaria a “boa saúde da democracia indiana” e enviaria sinais positivos para outras nações, inclusive para a “autoritária vizinha China”, ressalta. “Se der tudo certo, os aspectos positivos da democracia sairão fortalecidos nesse país altamente complexo e diversificado: multilíngue, multi-religioso e mutli-étnico”, disse.