Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Número de mortos pelo tufão Nesat sobe para oito

Há pelo menos 4 desaparecidos e centenas de milhares estão desabrigados

Por Da Redação
27 set 2011, 09h56

Ao menos oito pessoas morreram e centenas de milhares tiveram que abandonar suas casas por conta das chuvas e das inundações provocadas pela passagem do tufão Nesat pelas Filipinas nesta terça-feira. Quatro das vítimas são crianças, uma delas um bebê de menos de 2 anos que morreu afogado após cair em um rio transbordado na província de Catanduanes, no leste do país, segundo o Centro Nacional de Prevenção de Desastres.

A rádio filipina informou também a morte de uma avó e três de seus netos dentro de sua casa quando uma árvore caiu sobre a construção, localizada em uma favela em Manila. Outras duas pessoas morreram atingidas por árvores derrubadas pelo vento, uma na província de Pampanga, ao norte de Manila, e outra na vizinha província de Zambales, onde também morreu um jovem de 19 anos em um desmoronamento. Quatro pescadores foram declarados desaparecidos no leste da ilha de Luzon, a principal do norte das Filipinas e onde o Nesat deixou um rastro de destruição.

O tufão, batizado pelos filipinos como Pedring, penetrou no país antes do amanhecer com ventos sustentados de 140 km/h e rajadas de até 170 km/h, segundo o serviço filipino de meteorologia (Pagasa). “Este tufão é muito largo, de cerca de 650 quilômetros, e cobre a maior parte de Luzon”, afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia, Graciano Yumul.

As escolas estão fechadas desde segunda-feira e os organismos oficiais, com exceção dos envolvidos nas operações de resgate e assistência aos desabrigados, foram fechados nesta manhã. O tufão deixou mais de 1,9 milhão de casas sem eletricidade em todo o país e instaurou o caos na capital, Manila, onde o trânsito se tornou impossível em alguns locais pela acumulação de água, as árvores caídas e os escombros de construções derrubadas pelos ventos.

Continua após a publicidade

Enchentes – A populosa cidade de mais de 12 milhões de habitantes estava praticamente deserta, castigada pelos fortes ventos e as intensas chuvas, quase sem transporte público e com a maior parte dos estabelecimentos fechados. Algumas ruas próximas à baía estavam completamente alagadas, incluindo o luxuoso hotel Sofitel, no qual a água chegava até a cintura dos hóspedes, segundo informaram vários meios de comunicação filipinos. Os funcionários da embaixada americana, situada nessa mesma área, foram retirados depois que a água penetrou nos escritórios.

Os habitantes das regiões carentes próximas ao mar tiveram que abandonar suas casas por conta das enchentes e o impacto das ondas, assim como os que vivem nas margens do rio Marikina, cujo leito alcançou 18 metros de altura fora da capital e transbordou em vários trechos. As autoridades também enfrentaram o problema do transbordamento nas represas que abastecem Manila e determinaram a liberação da água, o que contribuiu para as graves inundações.

O temporal causou grandes danos na agricultura, mas as estimativas dos prejuízos apenas começarão a ser contabilizadas nos próximos dias, quando a situação tiver se normalizado. Segundo o serviço de meteorologia, o tufão se afastará pelo Mar da China Meridional na quarta-feira.

Continua após a publicidade

Tragédia anterior – A presença de Nesat trouxe de volta o fantasma da tragédia causada há dois anos pela tempestade tropical Ketsana e o tufão Parma, que arrasaram a parte norte do país e deixaram mais de mil mortos e inúmeros danos nas infraestruturas nas piores inundações em quatro décadas.

Entre 15 a 20 tufões passam pelas Filipinas a cada ano durante a estação chuvosa que, geralmente, começa em maio e termina em novembro. Os especialistas das agências internacionais indicam a favelização como o fator responsável pelo grande número de vítimas que os desastres naturais causam nas Filipinas, e que evidencia o péssimo estado das infraestruturas.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.