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Número de franceses envolvidos em grupos jihadistas cresce 203% desde 2014

A frança também já teve mais de 100 cidadãos mortos em combates ao lado de jihadistas na Síria e no Iraque, sendo oito deles em ataques suicidas, como homens-bomba

Por Da Redação
19 Maio 2015, 08h28

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, afirmou nesta terça-feira que o número de franceses envolvidos em grupos jihadistas chegou a 1.683, o que representa um aumento de 203% com relação a janeiro de 2014. Cazeneuve, que compareceu perante a comissão de investigação da Assembleia Nacional sobre vigilância de células e indivíduos jihadistas, detalhou que o número total de combatentes franceses na Síria e Iraque se situa em 457 pessoas, 104% a mais em comparação com essa mesma data.

Entre esses 457 combatentes fora da França, há 137 mulheres e 80 menores, acrescentou o ministro. Cazeneuve disse ainda que informações de inteligência apontam que 278 pessoas abandonaram a Síria, e acredita-se que 213 delas já tenham retornado à França. O ministro destacou que há dois franceses detidos por jihadistas na Síria por motivos ainda não esclarecidos – possivelmente por suspeita de traição ou insubordinação. Outros 105 franceses morreram durante os combates, sendo oito deles em operações suicidas, servindo como homens-bomba.

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Assembleia francesa aprova projeto que amplia rede de espionagem

Os números revelados por Cazeneuve aos deputados provocaram reações imediatas e alguns congressistas já falam em ampliar as medidas de segurança para proteger o país de possíveis ataques terroristas. No início deste mês, a Assembleia Nacional da aprovou um projeto de lei que dá amplos poderes às autoridades para espionar suspeitos de envolvimento com o terrorismo. A proposta segue para análise no Senado, com boas chances de prosperar, ainda que os senadores façam modificações no projeto.

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A nova lei aprovada pelos deputados permitirá aos serviços de inteligência monitorar telefones celulares, e-mails e forçará provedores de internet a atender aos pedidos de informação do governo sobre comunicações de seus assinantes. Entre as formas de vigilância previstas está a coleta e análise dos chamados metadados, que englobam informações sobre quando uma conversa ocorreu e quem estava envolvido, mas não o conteúdo da conversa. Os serviços de inteligência franceses também poderão solicitar autorização para esconder microfones em salas, carros e computadores, ou colocar antenas para capturar conversas telefônicas ou equipamentos para interceptar mensagens de texto. Tanto cidadãos franceses como estrangeiros podem ser alvo dos grampos.

O jornal Le Monde indicou que o projeto é criticado por opositores políticos e na sociedade civil por ser muito amplo demais e ameaçar as liberdades individuais dos cidadãos. Os críticos temem que a proposta seja usada para monitorar adversários políticos, ativistas ou manifestantes.

(Da redação)

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