Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Novos protestos contra reeleição de Evo Morales tomam a Bolívia

Trabalhadores agrícolas bloqueiam estradas em apoio ao presidente; moradores de grandes cidades se mobilizam contra resultados eleitorais

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h36 - Publicado em 28 out 2019, 15h43

A segunda semana de protestos contra os resultados das eleições na Bolívia começou nesta segunda-feira, 28, com grupos de bairros das cidades La Paz e de Cochabamba manifestando-se contra a reeleição de Evo Morales em primeiro turno. O sindicato de trabalhadores agrícolas fechou estradas em apoio ao atual presidente boliviano.

No bairro de Achumani, ao sul de La Paz, os moradores fecharam a principal via com paus, entulho, cordas e até móveis para impedir o trânsito de veículos. Houve conflitos entre motoristas do serviço público que tentavam normalizar o tráfego e manifestantes. A polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar a população local, sem deixar feridos até o momento.

Houve bloqueios de ruas e avenidas em diversos bairros da capital boliviana. Somente no centro, onde está a maioria dos escritórios privados e do governo, a situação estava relativamente normal. O prefeito de La Paz, o opositor Luis Revilla – aliado político de Carlos Mesa, candidato que perdeu para Morales e denuncia fraude eleitoral – disse à imprensa que o movimento popular é pacífico.

Na cidade de Cochabamba também houve confrontos entre manifestantes que bloqueavam ruas e os cidadãos que se opõem à medida, argumentando que ela gera perdas econômicas. Nas cidades de Santa Cruz de la Sierra e em Potosí, onde operam mineradoras, houve parada total das atividades.

O principal sindicato de trabalhadores agrícolas do país decretou bloqueio indefinido de estradas em apoio a Evo Morales. No poder desde 2006, ex-líder cocaleiro diz que os protestos da oposição fazem parte de um golpe contra sua vitória nas urnas para o período 2020-2025. Mas se mostra aberto à realização de um segundo turno com Carlos Mesa se surgirem provas de fraude na eleição de 20 de outubro. 

O dirigente do sindicato, Jacinto Herrera, ecoou o argumento do atual presidente, como reportou o jornal El Comércio. “Decidimos entrar em um bloqueio nacional contra o golpe de Estado, em defesa da democracia e em defesa do voto indígena”, disse.

O Tribunal Superior Eleitoral proclamou Evo vencedor das eleições no primeiro turno, mas vários setores da população e a Organização dos Estados Americanos (OEA) suspeitam de fraude no resultado das eleições.

Os Estados Unidos, juntamente com o Brasil, Argentina e Colômbia, pediram por uma revisão dos cálculos e por um segundo turno. Até agora, somente Cuba, Venezuela, México e Nicarágua felicitaram Evo pela vitória.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.